Celebração e Luta: 28 de Junho – Dia do Orgulho LGBTQIAPN+

O dia 28 de junho é um marco simbólico e histórico para a população LGBTQIAPN+ — Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queer, Intersexo, Assexuais, Pansexuais, Não binárias e demais identidades e orientações que compõem essa sigla. 

       Fonte:https://contee.org.br/dia-do-orgulho-lgbtqiapn-cada-letra-e-cada-pessoa-importam/

O que é?  

Vai além de bandeiras coloridas e paradas: é um ato político, histórico e social. É a afirmação de que todas as pessoas têm direito à  dignidade, respeito e igualdade de oportunidades, haja vista a diversidade.

Onde surgiu o movimento?

Essa data rememora a Rebelião de Stonewall, ocorrida em 1969, em Nova York, quando pessoas LGBTQIAPN+ resistiram à violência policial e ao cerceamento de seus direitos. Desde então, o dia se transformou em um símbolo de orgulho, resistência e visibilidade da diversidade sexual e de gênero (ANAMATRA, 2025).

E no Brasil, como se deu essa mobilização?

A militância começou a ganhar visibilidade a partir da década de 1970, com pequenos grupos organizados e publicações independentes. A mobilização ganhou força em meados dos anos de 1990, com as Paradas do Orgulho, organizações não governamentais, coletivos universitários e ações em prol de políticas públicas. 

O que significa a sigla LGBTQIAPN+?

Lésbica (L) – é o termo utilizado para designar mulheres que se identificam como mulheres e se relacionam sexual e afetivamente com outras mulheres.  

Gay (G) – é mais usado para o homem que se sente atraído afetivamente e/ou sexualmente por outros homens.  

Bissexual (B) – frequentemente chamada/o de “bi”, é a pessoa emocional, romântica ou sexualmente atraída por pessoas que podem ser do mesmo gênero seu ou não.  

Transexual, Transgênera e Travesti (T) - o termo “trans” é utilizado para se referir a uma pessoa que não se identifica com o gênero pelo qual foi designado em seu nascimento.  

Queer (Q) - são as pessoas que fogem aos padrões de hetero-cis-normatividade, ou seja, não se identificam nem como héteros, nem como cisgêneras e atuam em resistência a esses rótulos.  

Intersexual (I) - são pessoas que nascem com características sexuais – incluindo genitais, padrões cromossômicos e glândulas, como testículos e ovários, que não se encaixam nas noções binárias típicas de corpos masculinos ou femininos.  

Assexual (A) - são pessoas que não se sentem atraídas por ninguém, possuem baixa atração sexual ou nem agem por um desejo erótico.  

Pansexual (P) – significa todo, total, inteiro. A pansexualidade é a atração por todos os gêneros – em todas as suas manifestações –, sem restrição, nem preferência, quanto à orientação sexual ou identidade de gênero do outro.  

Não binária (N) – é a pessoa que não se percebe como pertencente a um gênero exclusivamente. Isso significa que sua identidade de gênero e expressão de gênero não são limitadas ao masculino e feminino ou transitam entre elas.  

+ (mais) -  o símbolo de soma no final da sigla é para que todos compreendam que a diversidade de gênero e sexualidade não se limita aos conceitos já retratados na sigla, podendo haver outras expressões (ANAMATRA, 2025). 

Quais direitos foram conquistados?

  • Reconhecimento da união estável e casamento civil igualitário (STF, 2011); 

  • Direito à adoção por casais homoafetivos; 

  • Retificação de nome e gênero em documentos para pessoas trans, sem necessidade de cirurgia (STF, 2018); 

  • Criminalização da LGBTfobia como forma de racismo (STF, 2019); 

  • Direito ao uso do nome social em escolas, instituições e repartições públicas, dentre outros.

A luta continua por… 

  • Educação inclusiva e sem preconceitos; 

  • Acesso igualitário à saúde, com atenção às necessidades específicas da população LGBTQIAPN+; 

  • Políticas públicas de proteção e inclusão social; 

  • Representatividade em espaços de poder e decisão; 

  • Combate efetivo à violência e ao discurso de ódio. 

Apesar dos avanços legais e sociais conquistados nas últimas décadas, a população LGBTQIAPN+ ainda enfrenta diversos desafios na garantia de seus direitos. Além dos altos índices de violência, exclusão e discriminação em diversos contextos — no ambiente familiar, nas escolas, no mercado de trabalho, nos serviços de saúde e nas políticas públicas (TERRA, 2025). 

Você conhece o Espaço Trans? 

O Espaço Trans do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HU) funciona em parceria com a Unidade Docente Assistencial (UDA) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), o qual realiza atendimentos ambulatoriais às pessoas trans, acolhimento, grupo de apoio, dentre outros.

 

O preconceito, a LGBTfobia e a falta de políticas públicas específicas continuam a ser entraves graves. Portanto, o Dia do Orgulho é um chamado coletivo para a construção de uma sociedade onde todas as identidades sejam respeitadas e valorizadas. 

REFERÊNCIAS:

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MAGISTRADOS DA JUSTIÇA DO TRABALHO (ANAMATRA). Cartilha Comissão LGBTQIAPN+. Disponível em: https://www.anamatra.org.br/images/LGBTQIA/CARTILHAS/Cartilha_Comiss%C3%A3o_LGBTQIAPN.pdf. Acesso em: 07 jun. 2025.

TERRA. Direitos LGBTQIAPN+: quais são e sua importância. Disponível em: https://www.terra.com.br/nos/direitos-lgbtqiapn-quais-sao-e-sua-importancia,5c950c6562678bb732bf7ed8095f936dem393379.html. Acesso em: 07 jun. 2025.




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