Projeto Celebrando discute o poeta Patativa


09/11/2009 16h57 - Atualizado em 13/08/2014 às 11h48
"Patativa é um grande ícone do Nordeste"

"Patativa é um grande ícone do Nordeste"

A Pró-reitoria de Extensão, através do Projeto Celebrando, realiza nesta quarta-feira, 11 de novembro, a mesarredonda com o tema “Patativa, o poeta pássaro de Assaré”, no auditório do Csau, às 19h. O evento conta com a participação das palestrantes profª Jerzuí Tomaz, da Ufal, profª Heloísa Melo, da Ufal, e como coordenadora da mesa a profª Mirian Maranhão, da Faculdade Raimundo Marinho (FRM). As inscrições serão feitas no local e os participantes têm direito a receber certificado para carga horária flexível que será disponibilizado na secretaria da Proex. 

 De acordo com a profª Jerzuí Tomaz, formada em psicanálise e com doutorado em Letras e Linguística, Antônio Gonçalves da Silva – mais conhecido como Patativa – é um grande ícone do Nordeste. “Nós vamos falar da importância da poesia do Patativa não só no Nordeste, mas no contexto nacional e internacional. Fernando Pessoa na frase ‘Se queres ser universal fala da tua aldeia’  caracteriza bem o poeta Patativa”, explicou.

A ação que visa comemorar os 100 anos do poeta Patativa, que nasceu em 5 de março de 1909, conta ainda com uma análise dos recursos literários feita pela Professora Dra. Heloísa Melo “Será abordado o conceito de poesia social e o cânone literário, depois mostrarei nas poesias como ele usa as palavras para  passar sua ideologia”, afirmou.

Patativa do Assaré nasceu na Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município de Assaré, no Sul do Ceará. É o segundo filho de Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva. Patativa do Assaré era unanimidade no papel de poeta mais popular do Brasil. Só passou seis meses na escola. Isso não o impediu de ser Doutor Honoris Causa de pelo menos três universidades. Não teve estudo, mas discutia com maestria a arte de versejar. Desde os 91 anos de idade com a saúde abalada por uma queda e a memória começando a faltar, Patativa dizia que não escrevia mais porque, ao longo de sua vida, “já disse tudo que tinha de dizer”. Patativa morreu em 08 de julho de 2002 na cidade que lhe emprestava o nome.

Entre os poemas de Patativa do Assaré estão: A Triste Partida gravada por Luiz Gonzaga; Cante Lá que eu Canto Cá; Coisas do Rio de Janeiro; Meu Protesto; Mote/Glosas; Peixe; O Poeta da Roça, entre outros.