Pequenos leitores conhecem o maior livro do mundo


05/11/2009 11h25 - Atualizado em 13/08/2014 às 11h46
Pequenos aproveitam os livros da Bienal

Pequenos aproveitam os livros da Bienal

Rose Ferreira - jornalista e Roberta Batista – estagiária de Jornalismo         

Nos períodos da manhã e da tarde, o público da IV Bienal Internacional do Livro de Alagoas é composto principalmente por alunos de escolas públicas e privadas de Maceió. Nas visitas, chegam desde os pequeninos que estão sendo iniciados no mundo das letras, até adolescentes que nunca participaram de um evento como este. A unanimidade entre os estudantes que realizam as visitas é conhecer o vencedor do título de maior livro do mundo, O Pequeno Príncipe.

 Os pequeninos na Bienal    

Laura Araújo Pichard, 5 anos, aluna do COC, destaca-se entre o grupo de 19 alunos do Jardim 2 que veio ao evento por ser fã incondicional da história do príncipe pequenino. “Eu sei ler e eu sei a história do Pequeno Príncipe, porque sou franco-brasileira, meu pai leu para mim. Eu tenho o livro, a mala, o copo do Pequeno Príncipe”, disse Laura.

“Eles estão aprendendo a ler e nós sempre os levamos a eventos que tenham livros, além da própria feira de livro que temos na escola. Hoje, eles compraram leitura iniciante”, ressaltou a professora Márcia Medeiros Almeida.

Já Elaine Cristine Medeiros, 6 anos, não resistiu aos livros de pintura e levou um para casa. “Aqui é bonito, é bom de ler, mas como tou aprendendo ainda, eu comprei um livro de pintar", disse a aluna do 2° ano do ensino fundamental do Centro Educacional Jorge de Lima.”

Incentivo à leitura

Além das visitas das escolas, o maior evento cultural de Alagoas recebe a visita de famílias que cultivam o hábito da leitura nas crianças. “Meu avô me colocava para ler desde pequenininha e até hoje eu gosto de ler”, disse Diva Sarmento, que estava acompanhada pelo filho José Sílvio Sarmento e pela única neta Maria Laura Sarmento, de apenas 6 anos. “Mandei trazê-la de Murici só para a Bienal, acho que eventos assim não podem deixar de acontecer", explicou a avó enquanto parabenizava a iniciativa da Universidade Federal de Alagoas.

Também por incentivos de familiares, as alunas do Colégio Santa Úrsula, Bruna Chaiancon Nóbrega e Lúcia Corcino de Albuquerque, 10 anos, começaram a ler. As estudantes, que visitavam a Bienal com a escola, estavam encantadas com a variedade de livros e com a quantidade de estandes, principalmente dos internacionais.

Davi Douglas da Costa Gama e Mário Alves da Silva, 9 anos, alunos do 3° ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Monsenhor Antônio Assunção, localizado no bairro da Serraria, estavam inquietos para ver o maior livro do mundo. “Desde o anúncio na escola de que eles viriam à Bienal, todos começaram a guardar dinheiro para comprar seus livrinhos. Mas a ansiedade deles é pelo O Pequeno Príncipe", disse a professora Poliana Vieira.

Os adolescentes na Bienal

Eliacassiane Alves dos Santos, 18 anos, e Anderson Rodrigo Silva Rodrigues, 19 anos, alunos do 3° ano do Ensino Médio da Escola Estadual Professor Sebastião F. de Carvalho, localizada no município de Barra de Santo Antônio, nunca tinham participado de uma Bienal e ficaram fascinados com a diversidade dos livros e com a forma de organização do evento.

“É totalmente diferente do que eu pensava, mesmo o professores tendo falado na escola antes, são muitos livros, mais do que imaginava. Gosto de ler e achei incrível o maior livro do mundo", disse a estudante.

Arte com produtos recicláveis

O estande da Braskem está realizando durante o período da Bienal o Projeto Arte com plástico, onde as crianças aprendem a transformar garrafas pet em brinquedos. "Queremos conscientizar o público infantil que o lixo pode ser transformado em luxo, em brinquedo. Elas acompanham, participam da transformação e saem com o resultado", explica Betânia Oliveira, monitora de artes do projeto.

Geovanna Amorim, de 10 anos, não tem perdido um dia sequer da Bienal. Todos os dias ela participa das oficinas e contação de histórias oferecidas pelos estandes. "O mais legal é fazer o brinquedo, não encontrar pronto", diz Geovanna empolgada com o seu novo cata-vento.

As oficinas da Braskem acontecem todos os dias, sendo das 10h às 17h nos dias úteis, e das 13h às 20h no final de semana.