Diana Monteiro – jornalista

As feiras livres dos bairros do Tabuleiro do Martins, Graciliano Ramos e Jacintinho, e dos municípios de Viçosa, Palmeira dos Índios e Joaquim Gomes vêm sendo objetos de estudo de alunos de graduação e do Mestrado do Curso de Economia da Universidade Federal de Alagoas.

A atividade de extensão, com apoio da Proex, integra o Grupo Multidisciplinar de Pesquisa de Economia Popular e Auto-Gestão, vinculado à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac), sob a coordenação dos professores Cícero Péricles e José Nascimento. Fazem parte também do grupo alunos dos cursos de Serviço Social, Arquitetura, Ciências Contábeis e Administração de Empresas.

Os alunos do Mestrado em Economia Aplicada da Feac Jarpa Aramis e Lucas Sorgato, que têm trabalho focado, respectivamente, em Feira Livre e Crédito e Microcrédito com feirantes que comercializam seus produtos na feira do Tabuleiro do Martins, informaram que várias atividades vêm sendo desenvolvidas. No dia 17 de novembro, proferiram palestras para 110 feirantes daquele local e tiveram a participação de um representante da Secretaria de Abastecimento de Maceió.

“Essa foi a segunda reunião organizada pela Associação dos Feirantes da Feira do Tabuleiro do Martins, com feirantes daquela localidade.  Enfocamos na oportunidade,  a importância da atividade econômica desempenhada e o papel do crédito e microcrédito como suporte importante à atividade exercida pelos feirantes”, disseram Lucas e Jarpa, que concluem mestrado em 2010.

Etapas

O trabalho enfocando a temática Feira Livre centrado na Feira Livre do Tabuleiro do Martins, que aos domingos chega a contar com cerca de 800 feirantes, constituiu-se de várias etapas para definição de atividades práticas.

Jarpa Aramis e Lucas Sorgato ressaltam que as temáticas “Feira Livre” e “Crédito e Microcrédito” vêm também estimulando vários Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) e dissertações de mestrado de alunos do curso de Economia da Ufal. “Os trabalhos nessas áreas buscam mostrar a importância do acesso a recursos financeiros por parte dos empresários/feirantes para dinamizar suas atividades”, enfatiza Lucas.

Ao falar sobre a importância desse trabalho, Jarpa acrescenta que há uma perspectiva futura para a elaboração de propostas por parte dos pesquisadores sugerindo a implantação de políticas públicas para as feiras livres do Estado, visando a intervenção do poder público no que se refere à melhor estruturação da atividade. “O objetivo é contribuir com melhorias para a atividade econômica que consiste em sua maioria como único meio de subsistência para muitas famílias”, diz ele.