Bienal do Livro expandiu oferta de conteúdo


03/11/2009 14h33 - Atualizado em 13/08/2014 às 11h45

Roberto Amorim – tudonahora.com.br

Até o próximo dia 8, a IV Bienal Internacional do Livro de Alagoas é um bom programa para toda a família. Ocupando mais de 5 mil metros quadrados do Centro Cultural e de Exposições de Maceió (Jaraguá), o evento deixou para trás a idéia de simples feira de livros e expandiu a oferta de conteúdo.

No entorno das centenas de prateleiras abarrotadas com 180 mil títulos acontecem, ao mesmo tempo, uma série de ações que têm como carro-chefe as diversas possibilidades do uso da palavra.

Na tarde deste domingo, por exemplo, o público pode ouvir desde um concerto de violinos até assistir a performance “Lêdo Ivo e a Terra de Lêdo Ivo”, com os veteranos atores Ronaldo de Andrade e Homero Cavalcante, ambos fundados da Associação Teatral das Alagoas (ATA).

No grande aquário com dezenas de lugares, a tímida platéia ouvia atenta os conceitos do pesquisador carioca Vilmar Berna, que falava sobre comunicação e educação ambiental. Há poucos metros dali, a jornalista Cláudia Lins lançou o livro “O menino que acordou o rio” (Editora Cortez), com ilustrações de Pedro Lucena.

“É um passeio agradável e revelador. Engana-se quem pensa que aqui só vende livro. A Bienal é um lugar de descobertas para todas as idades e gostos. É um excelente programa para toda a família”, diz a dona de casa Maria de Lourdes, 52 anos, acompanhada de filhos e netos. “Para os mais jovens isso aqui é um mundo de fantasia e saber”.

Contadores de história

Ela tem razão.  Logo na entrada, personagens dos contos de fada recebem crianças, jovens e adultos. Para muitos deles, os minutos iniciais é de espanto com o tamanho do espaço. Mas logo percebem que estão cercados de histórias e personagens esperando ser descobertos. Basta apenas folhear as páginas.

As crianças não perdem tempo e se espalham nos diversos estandes de editoras especializadas em obras para crianças. Tem livros de todos os tamanhos, preços e gêneros nas estantes, em balaios e no chão.

Contadores de histórias estão espalhados em vários pontos estratégicos, com destaque para os movimentos espaços da secretaria estadual de Cultura e o Centro de Difusão e Realizações Literárias do programa Sesc Leitura.

“Aqui é muito bom, a gente ouve muitas histórias. Depois compra livros e leva para casa. Eu também vi o maior livro do mundo”, disse a pequena Ana Natália, depois de posar para foto ao lado da edição de 300 quilos de “O Pequeno Príncipe”, de Antonie de Sant-Exupéry.