Pró-reitor destaca missão da gestão de pessoas em prol do servidor

No mês em que se comemora o Dia do Servidor Público, Wellington Pereira fala sobre os desafios enfrentados nos últimos anos na área de recursos humanos da Ufal
Por Ascom Ufal
07/10/2022 14h26 - Atualizado em 13/10/2022 às 15h51

“Nossa missão é muito importante e temos consciência disso. Também temos esperança de que as coisas possam melhorar”. É com disposição e defendendo a importância da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) que o pró-reitor de Gestão de Pessoas e do Trabalho (Progep), Wellington Pereira, saúda os servidores da maior instituição pública de ensino superior do estado, neste início de outubro, mês em que se comemora o Dia do Servidor do Público.

A fala é no sentido de motivar, mas com os pés na realidade: coordenando uma equipe responsável por gerir a vida funcional de 3.480 servidores, sendo cerca de 1.709 técnicos e 1.771 docentes, o pró-reitor sabe bem os desafios que tem enfrentado nos últimos anos para que as ações na área de recursos humanos sejam realizadas de forma satisfatória visando ao interesse público. “Tenho 30 anos de universidade e nunca vi uma situação tão drástica como essa que estamos passando agora. Quem acompanha, sabe e vê o que está acontecendo, a exemplo dos cortes constantes de recursos de toda monta”, afirmou o pró-reitor ao citar a realidade financeira como uma das dificuldades.

Além dos cortes nos repasses de recursos, outra preocupação da pasta ocupada por Pereira é com a necessidade de novas vagas de servidores. “Estamos preocupados, pois precisamos de novos servidores. Estamos tentando com o MEC [Ministério da Educação] e Ministério da Economia para repor as vagas de cargos que estão extintos ou impedidos de provimento, bem como para liberar novos códigos de vagas. Já fizemos encaminhamento nesse sentido e isso é uma realidade entre as universidades federais, salvo algumas exceções”, explicou.

O pró-reitor esclarece que o quantitativo de técnicos e docentes está quase equivalente, quando o ideal é que sejam dois servidores da área administrativa para um professor. “Só estamos fazendo reposição. Tem caso de vacância que nem o provimento conseguimos fazer, pois são vagas de cargos que não existem mais, extintos ou impedidos, a exemplo de porteiro, motorista”, relatou. Ele detalha que, atualmente, “são cerca de 400 servidores ativos em cargos extintos e que, quando se aposentarem, caso o governo federal não libere as vagas, a Ufal não poderá dar provimento, ou seja, aposentou e não conseguiremos colocar mais ninguém”.

Os desafios são muitos e Wellington defende a necessidade de torná-los de conhecimento da comunidade acadêmica para que cada membro possa acompanhar a realidade da instituição. Ele, que participou do processo de expansão da instituição com os campi do interior, destaca a importância da Ufal, de seu quadro qualificado de servidores para Alagoas, e acredita que os problemas existem para ser solucionados e que é preciso mudar a atual realidade.

“Nós, servidores públicos, temos uma missão muito importante. Somos participantes e temos consciência disso, do nosso papel. Existe esperança de dar continuidade ao nosso trabalho, de que as coisas melhorem, tanto nas demandas internas da nossa Universidade como para o crescimento do nosso estado, com a retomada de obras, a exemplo da construção do campus do litoral da Ufal que, infelizmente, ainda está só no papel”, disse.

Ao falar sobre a relevância da Universidade, além da missão institucional nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, o pró-reitor cita aspectos socioeconômicos e compara como as cidades cresceram e se transformaram após a instalação da Ufal. “Shoppings, hotéis, novas oportunidades de trabalho, tudo isso depois da chegada da Universidade. O estado como um todo ganhou. Anos atrás, já chegamos a ser o terceiro maior recurso de verba federal de Alagoas, tanto de folha de pagamento como de custeio. Esse recurso chega e fica aqui”, destacou.

Mudança e superação são as palavras que movem as ações e o pensamento de Wellington em sua rotina à frente da Progep. E é com essa disposição que ele chega, todos os dias, logo cedo para trabalhar na Ufal, sendo um dos primeiros a bater o ponto. “Enquanto há vida há esperança!”, disse o pró-reitor.

O mês de outubro também é conhecido como o mês da festa da democracia, quando o povo brasileiro vai às urnas para eleger seus gestores, e Wellington faz um convite à reflexão. “Estamos passando por um processo eleitoral, momento para decidir o nosso destino e o das instituições federais de ensino superior. Então, o momento é esse e depende das nossas escolhas. Se quisermos ter uma esperança maior, para o melhor da instituição e dos próprios servidores, o momento de agir é agora, no mês do servidor”, lembrou ele. E acrescenta: “Que o servidor vote com consciência, que faça a opção de votar em uma pessoa que tenha compromisso com a educação”.

Anos de pandemia

Os dois anos de pandemia mudaram o curso de ações que a Progep planejava para a área de recursos humanos da Ufal. “Assumimos no final de janeiro, em março estourou a pandemia. Todo um projeto que tínhamos teve que ser revisto”, relembrou. E ressalta: “Importante frisar que, sobretudo, os técnicos administrativos, exceto os que apresentavam alguma comorbidade, continuaram as atividades, carregando o piano nas costas. Por isso, a Ufal nunca fechou as portas na pandemia”.

Ao longo desse período, Wellington conta que a gestão central e a equipe da Progep procuraram colocar em prática o que tanto defendem: o acolhimento e o pertencimento. “E isso foi feito. Procuramos, de todas as formas, acolher nossos servidores fazer com que eles se sentissem parte da instituição”, afirmou.

A Coordenação de Qualidade de Vida no Trabalho (CQVT), vinculada à Progep, realizou eventos e ações de assistência para apoiar os servidores durante a pandemia. Os cursos de capacitação foram organizados de forma a ser ofertados no formato on-line, possibilitando a continuidade das ações na área.

“Ainda nesse período de pandemia, criamos canais de comunicação e instruções normativas para acompanhar de perto a situação de saúde dos servidores, a exemplo da entrega digitalizada de atestados médicos”, recordou Wellington.

Com o retorno das atividades presenciais, uma das ações de destaque é na área de saúde no trabalho com a oferta de várias modalidades esportivas para o servidor praticar na Ufal. “Uma parceria com o Iefe [Instituto de Educação Física e Esporte] permitiu ofertar vagas para os servidores praticarem esportes dentro do campus, em Maceió, a exemplo da natação e corrida. Agradeço o apoio da diretora do Iefe, professora Leonea, que abraçou essa causa”, ressaltou.

Atendimentos médico e odontológico e serviço de atenção nutricional são outras ações também realizadas pela CQVT em parceira com as faculdades de Medicina (Famed), Odontologia (Foufal) e Nutrição (Fanut), tendo em vista o bem-estar de servidores. Para saber como agendar e ter acesso aos serviços, clique aqui

Semana do Servidor 2022

A equipe da Progep está preparando uma programação especial para comemorar o Dia do Servidor Público este ano. Parte das atrações já foi divulgada: vai ter palestra, ações de saúde, feira e show de talentos, além de passeio.

Confira neste link e saiba como participar.