O que eu faço além da academia: Ricardo Cabus
10/08/2011 17h25 - Atualizado em 11/08/2014 às 11h13
Ricardo Cabus é um exemplo de que tecnologia pode ser aliada a poesia
Jhonathan Pino - jornalista
Realizado principalmente nos bares, unindo as recitações ao movimento da música e do bate-papo descontraído nas noites maceioenses, no Papel do Varal as poesias são lidas pelo próprio publico entre um copo e outro de cerveja – ou de cachaça, ficando a gosto do cliente.
Mas não são apenas os bares que recebem a decoração das poesias penduradas como roupa de varais: o Papel no Varal já passou por museus, teatros e pela Ufal, quando a Tenda da Cultura Estudantil recebeu o evento. “São 100 poemas lidos pelo próprio público a cada noite. O Papel no Varal só existe porque o público participa”, ressalta o professor, que atua como animador do evento.
Mas além desse evento, Ricardo também atua promovendo poetas estrangeiros e unindo bandas musicais à poesia. Assim já nasceram eventos como o Bukowski Blues, o Chorinho Quitana, o Sonhando Pessoa e o Djavaneando Ledo.
Todos esses projetos são frutos do amor de um engenheiro pela poesia, coisa atípica entre profissionais da tecnologia e que muitas vezes é vista com certo preconceito. Desde o início da década de 90, Cabus vem traduzindo inúmeros autores da língua inglesa e espanhola. Buckowski, Edgar Alan Poe, John Donne e Pablo Neruda são alguns deles.
Além de traduzir, Cabus também produz seus próprios poemas. E por isso já publicou “Estações Partidas” em 1994; o livro infantil “A Galinha Saldosa”, em 2009 - cuja animação está disponível no Youtube – e mais recentemente o livro de poesias “Cacos Inconexos”, disponível no blog.
Ricardo também já atuou como parceiro em outros eventos como o Palavra Mínima. Mas é no Minuto da Poesia, nos intervalos da Rádio Educativa, que podemos ter contato com as poesias de Cabus.
Mas como não só de poesia vive o homem, nas horas em que o professor não está trabalhando e nem envolvido com as poesias, Ricardo envereda por outras áreas artísticas. Assim Ricardo já foi professor de forró, enquanto estava fazendo o doutorado na Inglaterra entre 1999 e 2002, como também já atuou como DJ algumas vezes – hobby que o professor faz questão de dizer que já deixou.
Clique nos links abaixo e veja algumas produções de Ricardo Cabus:
