Nees leva para Bienal projetos para modernizar programa do livro didático

Mesa será no próximo sábado, das 10h às 12h, na na Sala Pitanga do Centro de Convenções
Por Ascom Ufal com Margarida Azevedo (Ascom Nees)
08/08/2023 17h52 - Atualizado em 08/08/2023 às 17h52

Ao usar ferramentas como a inteligência artificial, o Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (Nees), ligado à Universidade Federal de Alagoas (Ufal), tem contribuído para aprimorar e modernizar o Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), do Ministério da Educação (MEC). O PNLD é responsável pelo fornecimento de livros para milhares de alunos e professores de escolas públicas brasileiras e será tema de uma mesa na 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, que acontecerá entre 11 e 20 de agosto no Centro de Convenções de Maceió.

Para falar sobre o PNLD na Bienal de Alagoas foram convidados a coordenadora-geral dos Programas do Livro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, Nádja Cézar, e o diretor-geral do Nees, Alan Pedro. Eles estarão na Sala Pitanga, no Centro de Convenções, no próximo sábado (12). A mesa será das 10h às 12h.

A Bienal é promovida pela Ufal e pelo Governo de Alagoas, com expectativa dos organizadores de receber um público de cerca de 400 mil pessoas.

Inovação

O Nees colabora com pesquisa, inovação e transformação digital do PNLD. Uma das contribuições foi o desenvolvimento de uma nova metodologia para orientar o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia do MEC responsável pelo programa, a estimar a quantidade de livros a serem comprados para as redes públicas.

Com o novo modelo criado pelos pesquisadores do Nees, evita-se desperdício de recurso público, uma vez que as chances de haver falta ou sobra de livros no PNLD diminuem. Há também o ganho pedagógico, pois o risco de algum estudante ficar sem receber o material didático é minimizado.

Validação

A inteligência artificial é utilizada pelos pesquisadores do Nees para otimizar o tempo de operação das atividades do programa. Uma das primeiras etapas do PNLD é a validação das obras. “Criamos uma plataforma que proporciona mais agilidade, padroniza o processo e melhora a organização das equipes. É um sistema mais intuitivo e moderno”, explicou o vice-diretor geral do Nees, Diego Dermeval.

A plataforma de apoio à análise de acessibilidade das versões digitais das obras garante o uso para uma ampla gama de usuários, garantindo inclusão e acessibilidade desde o início do processo de triagem das obras. Foi também a equipe do Nees que desenvolveu uma plataforma para apoiar os avaliadores do MEC na fase de análise pedagógica dos livros.

Uma inovação desse sistema vai permitir, por exemplo, a avaliação textual para corrigir erros ortográficos. “Essa etapa é feita pelo MEC, nós do Nees desenvolvemos a plataforma e realizamos pesquisa científica e inovação tecnológica para diminuir o esforço da avaliação e melhorar a qualidade do trabalho”, destacou Diego.

Os pesquisadores ainda montaram uma plataforma de gestão dos guias digitais dos livros do PNLD que reúne todos os títulos das publicações aceitas no programa que serão escolhidas pelos professores das escolas públicas.

O PNLD é a política pública mais longeva do país, com 85 anos de existência. Somente no ano de 2021, o programa adquiriu cerca de 172 milhões de livros para 30 milhões de estudantes de 140 mil escolas distribuídas por todo o Brasil.