Uma data especial merece uma celebração à altura. Por isso, em comemoração ao seu 50º aniversário, a Faculdade de Serviço Social (FSSO) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) preparou uma programação durante o maior evento cultural e literário do estado: no dia 16 de agosto, a 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas será o palco das bodas de ouro do curso de Serviço Social. A entrada é franca.

A programação terá início às 14h com uma mesa de abertura que contará com a presença do reitor Josealdo Tonholo, da Pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação, Iraíldes Assunção, da diretora da FSSO, Reivan Souza, além de coordenadores da graduação e pós-graduação, representantes do curso em Palmeira dos Índios, do Conselho Regional de Serviço Social, da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) e representação estudantil.

Em seguida, a celebração prossegue com uma conferência Formação Profissional e Memória do Serviço Social na Universidade Federal de Alagoas, com as conferencistas Rosa Predes, da Ufal e Silvana Morais, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), sob a coordenação da professora Margarida Santos. O evento especial ainda contará com a exibição do documentário Memórias dos 18 anos do Programa de Pós-Graduação nos 50 anos do Serviço Social na Ufal.

De acordo com a diretora Reivan Souza, celebrar essa data num evento como a Bienal é um marco para o curso, para a Ufal e para Alagoas. E em cinco décadas de existência são muitas as memórias e momentos para celebrar.

“O Serviço Social vai comemorar nesses 50 anos uma formação científica e acadêmica de qualidade nos níveis de graduação e pós. Comemora 18 anos do PPG [programa de pós-graduação], com nível de mestrado e doutorado com nota 5 na Capes, comemora 17 anos do curso em Palmeira dos Índios, comemora a consolidação de 12 grupos de pesquisa, de produção científica respeitada nacional e internacionalmente, eventos nacionais, regionais e internacionais”, enumerou.

Meio século de atuação e celebrações

A diretora destacou ainda que a FSSO celebrou, nesse meio século, o vínculo com as associações de pesquisa, com os movimentos sociais, a consolidação de programas e projetos de extensão na Universidade e temos, historicamente desde a fundação, práticas de extensão e professores que também ocuparam cargos de gestão.

Além disso, os projetos extensionistas também se destacaram, em especial, os da área da saúde, práticas de extensão com o movimento dos sem-teto, Escola Lilás, trabalho com quilombolas e um programa com o Ministério Público Federal (MPF). O mais recente, segundo ela, é vinculado ao Fundo das Nações Unidas para a Infância, o Unicef. Sem esquecer dos avanços no ensino lato sensu, com cursos de especialização.

“Temos uma participação na residência multiprofissional do Hospital Universitário [Professor Alberto Antunes - HU] desde a fundação da residência, temos o PET Conexões de Saberes, temos participação no PET Saúde e estágios em instâncias municipais, estaduais, não-governamentais e também no HU. Então, é uma gama de ações, de atividades acadêmico-científicas que a FSSO participa com coerência e compromisso acadêmico e político pela qualidade do trabalho com nossos alunos, sejam de graduação, seja na pós-graduação”, disse Reivan.

Profissionais a serviço da sociedade

Ainda segundo a diretora, desde 1972 a Faculdade sempre prezou pela formação de qualidade, entregando profissionais competentes e qualificados para toda a sociedade. “Gostaria ainda de registrar todo o compromisso de nossos docentes na graduação, na pós, lato e stricto senso, destacar ações dos professores e técnico-administrativos com seus vínculos, tanto em ações de gestão da faculdade como na extensão”, completou.

De acordo com a professora Reivan, são projetos vinculados à discussão das tecnologias de informação, pesquisas em saúde, assistência, previdência, educação, a discussão sobre movimentos sociais, segurança alimentar, reforma agrária e muito mais. “E eu quero destacar que essas ações contribuem com uma produção científica que analisa as expressões das desigualdades sociais de Alagoas”, disse ela.

Além disso, os assistentes sociais graduados pela maior instituição pública de ensino superior do estado têm atuação em diversas instituições, sejam públicas, privadas, não-governamentais e dentro da própria Ufal. “Esses assistentes sociais trabalham vinculados às políticas públicas no sentido de intervir sobre as questões sociais e contribuir para minimizar os efeitos das desigualdades sociais em Alagoas. E tanto dentro da própria Universidade como fora, toda essa experiência, eles contribuem para fortalecer o ensino público, a produção científica e a pesquisa na Ufal”, concluiu a diretora.

Livro comemorativo

A programação dos 50 anos do Serviço Social a Ufal ainda contará com o lançamento do livro Na Tessitura da Pesquisa e da Extensão na Faculdade de Serviço Social na Universidade Federal de Alagoas, que leva o selo da Edufal. A coletânea expressa o momento comemorativo das cinco décadas do curso em Alagoas. É organizada por representantes da direção da FSSO, da coordenação do PPG, da coordenação de graduação e de extensão.

“Ela [a coletânea] recupera e registra as valiosas histórias, experiências, construções e fortalecimento da pesquisa e da extensão e dos núcleos temáticos que constituem e constituíram a memória viva do curso de Serviço Social. A primeira parte é composta por dez artigos dos membros dos grupos de pesquisa da nossa Faculdade”, explicaram as organizadoras do livro.

Sobre a Bienal

A 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é uma realização da Universidade Federal de Alagoas e do Governo de Alagoas, com apoio da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e Sebrae. Sob a coordenação da professora Sheila Maluf, o evento tem ainda apoio do Sesc, Natura e Instituto Natura, Hotel Ponta Verde, Empresa Júnior de Arquitetura e Engenharia Civil (Ejec) e outras instituições.

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