Ufal faz homenagem à comunidade LGBTQIAPN+ neste dia 28 de junho

São mais de 3 mil discentes matriculados e a Universidade os abraça e busca desenvolver ações para garantir que consigam concluir seus cursos
Por Simoneide Araújo - jornalista
27/06/2023 18h58 - Atualizado em 27/06/2023 às 19h16

Neste 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, a Universidade Federal de Alagoas faz uma homenagem à comunidade por meio de suas redes sociais oficiais, como uma forma de abraçar e de incentivar essas pessoas, para que cada uma delas tenha orgulho de ser quem realmente é. A  data é celebrada anualmente e é mais um dia de conscientização e de combate à lgbtfobia. 

Em 2016, a Universidade regulamentou a política de uso do nome social para travestis, transexuais, transgêneros e intergêneros. E, a partir de 2022, a Ufal implanta mais uma ação afirmativa ao adotar cotas em cursos de pós-graduação para pessoas trans.

Neste ano de 2023, no levantamento realizado pela Pró-reitoria Estudantil (Proest), a Ufal tem  3.023 alunos que se autodeclararam LGBTQIAPN+, matriculados em várias áreas do conhecimento, e se orgulha em tê-los como membros da comunidade acadêmica. O caminho para uma instituição mais plural e diversa é longo, mas começamos e não vamos parar! 

Na proposta do Dia do Orgulho LGBTQIAPN+, de afirmar as diferenças e promover uma convivência onde todas as pessoas tenham espaço e oportunidades, livres para ser quem são, a Ufal reuniu algumas histórias de quem faz parte da comunidade, que retratam suas vivências na instituição.

A aluna trans Gabriela Luz, do curso de Relações Públicas, é uma das entrevistadas do vídeo produzido pela Assessoria de Comunicação: “A Ufal foi o primeiro lugar em que eu pude existir como Gabriela. Quando entrei, foi um desafio, fiquei com muito medo do que os professores iriam dizer; medo de algum professor ser transfóbico. Mas eu tenho conquistado muitas coisas por causa da Ufal. E tenho muito orgulho de estar aqui, porque tem sido um processo de crescimento.”

Elias Veras, pesquisador e professor do curso de História, afirma que a Ufal tem sido um espaço de diálogos sobre as questões LGBTQIAPN+. “A Universidade Federal de Alagoas tem estabelecido diálogos, pontes, espaços para que a gente possa fazer uma reflexão sobre as questões LGBTQIA+, sobre o lugar dessas pessoas na instituição. Me refiro não só à entrada delas na Universidade, mas a necessidade dessa diversidade cada vez maior de gênero, de raça e de sexualidade no espaço universitário, e, inclusive, a permanência delas nesse ambiente”, declarou.

Homenagem

O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+ é definido como sendo de conscientização e combate à lgbtfobia, para promover a construção de uma sociedade livre de preconceitos, inclusiva e igualitária, independentemente da orientação sexual e da identidade de gênero. Durante todo o mês de junho acontecem eventos que celebram vitórias históricas e reforçam a luta para garantir os direitos da comunidade.

A data, 28 de junho, se refere a um movimento que aconteceu nos anos 1960 em Nova York e ficou conhecido como a "Revolta de Stonewall". O Dia do Orgulho LGBT foi criado em homenagem a um episódio da luta da comunidade gay pelos seus direitos: a Rebelião de Stonewall Inn, ocorrida em 1969, data que marcou a revolta da comunidade contra uma série de invasões da polícia de Nova York aos bares frequentados por homossexuais, que eram presos e sofriam represálias por parte das autoridades.