Edufal e Fapeal lançam 17 obras de pesquisa com foco nas humanidades

Apoio à Publicação de Teses e Dissertações fomentou o lançamento de estudos no formato de livros
Por Tárcila Cabral – Ascom Fapeal
14/12/2023 09h09

Democratizar a ciência apoiando as pesquisas locais. Este foi o mote do lançamento de mais 17 obras apoiadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) e pela Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal). O evento, promovido na última quinta (8), no Teatro Deodoro, destacou os autores e suas produções em mais um edital fruto das teses e dissertações dos estudiosos locais.

Projetando o escopo de uma parceria de sucesso, a cerimônia lançou os títulos, que se somam aos mais de 120 trabalhos publicados desde o início do programa em 2015. Para o diretor da Edufal, Ivamilson Barbalho, a ação da Fapeal junto à instituição de publicação foi substancialmente significante inclusive durante a crise da covid-19, momento no qual os recursos destinados a ciência se tornaram escassos, especialmente para as humanidades.

“Isso dá a pesquisa uma contribuição importantíssima num momento tão delicado como vivenciamos no período pandêmico. Sem a Fapeal e esses editais que têm fortalecido a Ufal, os nossos programas de graduação e pós-graduação não teriam o fôlego que têm”, ressaltou o diretor da Edufal.

Entre as obras lançadas destacaram-se estudos que abrangiam a criação do sistema hoteleiro alagoano, a literatura indígena, as ameaças das novas tecnologias aos sistemas informatizados, as influências arquitetônicas dos frades alemães, o contexto da maconha para o encarceramento de pessoas no Brasil, dentre outras temáticas. Neste evento os autores puderam narrar ainda um pouco da construção das obras e citar os desafios do processo editorial, ao tempo em que foram reconhecidos pela sua contribuição acadêmica para Alagoas.

“Penso que nos últimos anos tanto a Ufal quanto a Fapeal têm feito diversas ações de fomento para os alunos, principalmente os da pós-graduação, e eu creio que isso tem dado visibilidade para os nossos estudos, para o nosso currículo. Os recursos se tornam igualmente importantes para nos estimular a produzir bons trabalhos, porque a pesquisa é tão desvalorizada no Norte e Nordeste, nós não temos acesso a tantas coisas, portanto a oportunidade que essas instituições fornecem gera um apoio maior para a nossa atividade”, citou a autora Hellen Caetano, egressa do programa de Antropologia Social.

Amparo aos programas de pós-graduação

Segundo a coordenadora editorial da Fapeal, professora Rosaline Mota, a criação do edital versava como um desafio para construir mecanismos que amparassem os Programas de Pós-graduação (PPG) locais. Assim este produto deveria contribuir assertivamente para a evolução dos PPGs diante da avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

“A ideia deste programa surgiu como um chamado do professor João Vicente para que a gente pudesse avaliar os nossos programas de pós-graduação e ver em que pontos nós poderíamos fortalecê-los. A partir desta conversa e de alguns levantamentos que nós fizemos na plataforma Sucupira, fomos buscar o que poderia pontuar e fazer com que as nossas produções alçassem novos voos. Então foi neste segmento que buscamos implementar a chamada de publicação”, frisou a docente.

É relevante frisar que os conteúdos publicados são frutos das dissertações e teses dos Programas de Pós-graduações locais. Este formato, segundo o diretor executivo de Ciência e Tecnologia da Fapeal, João Vicente Lima, foi implementado para estruturar especialmente os programas de humanidades, que não tem desfrutado com igualdade de chamadas científicas voltadas a seu escopo.

“Tivemos muito trabalho desde o momento em que a gente toma a decisão de apoiar uma linha de ação como essa. Até elaborarmos o edital, juntarmos os parceiros e garantir o recurso, pode parecer fácil, mas nunca é. Então para a gente, que sabe um pouco essa história dos bastidores, é uma felicidade ver o público, os familiares, os amigos e os autores aqui”, concluiu João Vicente Lima.