Números positivos dão o tom da 14ª edição do Festival de Música de Penedo

Foram 33 oficinas, 23 atrações musicais entre concertos, recitais, shows e apresentações e seis atividades acadêmicas
Por Simoneide Araújo e Sandra Peixoto - jornalistas
26/10/2023 13h52 - Atualizado em 26/10/2023 às 13h53
Parte da equipe envolvida na organziação e na realização do Femupe

Parte da equipe envolvida na organziação e na realização do Femupe

O Festival de Música de Penedo (Femupe) se despede de mais uma edição repleta de atividades para além do ambiente científico e acadêmico. Foram cinco dias de intensa programação que transformou a cidade ribeirinha em centro musical e cultural com oficinas, fóruns, palestras, workshops e fóruns, sem esquecer dos desfiles e cortejos musicais e das apresentações nacionais e internacionais que subiram aos palcos do evento.

A programação com 62 atividades proporcionou aos participantes uma rica e diversificada experiência, incluindo desde os acordes clássicos de Bach, Handel, Vivaldi à cultura popular do Côco de Roda, além das bandas de pífano e da musicalidade indígena. A busca pela garantia da acessibilidade também foi um dos pontos fortes do evento.

Pela primeira vez, o Festival contou com a presença de intérpretes de Libras, inclusive nas apresentações instrumentais, reafirmando a universalidade da música. O evento também inclusivo ao promover a oficina Musilibras - Música além do som, voltada à comunidade surda e a intérprete de Libras

Para o coordenador-geral do Femupe, Marcos Moreira, a cada ano a equipe do Festival vai procurando ampliar as possibilidades para oferecer o melhor ao povo penedense, ao alagoano e às pessoas que visitam a cidade. “Fizermos um esforço enorme para garantir que a programação proposta para este ano fosse realizada. Foi muito difícil, mas conseguimos realizar um grande festival internacional. Estamos no páreo para ser o maior festival do Nordeste”, disse o professor.

E completa: “Mas é importante fazer um reconhecimento público porque o Festival é um projeto da Universidade Federal de Alagoas, mas sozinhos não conseguiríamos realizá-lo. Quero destacar que o apoio do nosso reitor Josealdo Tonholo foi primordial, inclusive para conseguir o importante apoio do governo do estado. Quero também registrar a parceria, o apoio e a disposição da Prefeitura de Penedo, nossa grande parceira. E, aqui, faço um agradecimento especial ao prefeito Ronaldo Lopes e toda sua equipe, especialmente à secretária de Cultura, Tereza Machado”.

O Femupe é uma correalização da Ufal, da Prefeitura de Penedo e do governo de Alagoas. “Sem esses três órgãos juntos, nada disso seria possível. Com essa união, conseguimos manter uma programação diversa que reuniu vários públicos e pudemos oferecer música boa, atividades acadêmicas e, principalmente, contribuir para formação de novos músicos”, destacou Moreira.

Sobre a formação de novos músicos e capacitação de veteranos, este ano, o Femupe ofereceu 33 oficinas de vários instrumentos – sax, violino, violoncelo, trompa, trombone, trompete, tuba, clarinete, flauta transversal, bateria, trompete popular, violão brasileiro e gaita – e de arranjo, regência para músicos de banda, coco de roda, percussão de rua – com professor da França, luteria, técnica vocal, musilibras e outras mais.

Em relação às atrações musicais, foram mais de 20 atividades, incluindo shows, concertos, recitais e apresentações. Artistas nacionais e internacionais deram o tom e levaram o público ao delírio em todas as noites do Festival. Egberto Gismonti, Geraldo Azevedo, Leo Gandelman e Eric Almeida, Grupo de Sax da Ufal, Hércules Gomes, o maestro pernambucano Mozart Vieira e a Orquestra de Meninos de São Caetano, Iberian Ensemble e Duo Rudá Porang, ambos de Portugal, e Sexteto de Cordas da Ufal. Sem falar no desfile das bandas de música ocorrido no sábado (21), último dia do Festival.

Uma atração à parte foi 2ª Mostra de Música Autoral Velho Chico. No Palco Penedo, instalado no Largo da Igreja de São Gonçalo, foram apresentadas as 16 composições finalistas e reuniu talentos de Alagoas, Bahia e Sergipe.

Para cuidar de cada detalhe para que o Festival acontecesse, foi montada uma equipe de cerca de 40 profissionais e 20 monitores, que atuaram em várias frentes. A produtora executiva do Festival, Anna Rodrigues, ressalta o compromisso de cada integrante da equipe e a dedicação dos monitores, alunos da Ufal, que dão todo suporte às atividades acadêmicas e oficinas.

Divulgação em tempo real

Toda a programação do Femupe pôde ser acompanhada em tempo real, graças ao trabalho de uma equipe de 14 profissionais, distribuídos em três equipes: produção de matéria para o site do Femupe, redes sociais e Rádio Ufal, que levou ao ar o programa Sons do Velho Chico e o Boletim Femupe.

Durante a semana do Festival, a Rádio Ufal transmitiu, ao vivo, toda programação cultural, a partir das 17h até o final da última atração. Foram mais de 20 horas no ar, com uma média 30 entrevistas – no estúdio instalado no primeiro andar do Teatro 7 de Setembro e direto de onde os shows aconteciam, o Palco Penedo, no Largo da Igreja de São Gonçalo. Foram mais de 20 flashes gravados durante o dia e, o melhor, está tudo disponível no site da rádio.

A divulgação em tempo real foi feita pelo Instagram do Festival. Foram mais de 400 postagens, entre feed reels e stories.

Agora, a coordenação do evento já está se preparando para 2024, que terá a segunda edição na Europa, em Portugal e França, e a 15ª edição em Penedo. Até lá!