O combate às Fake News (notícias falsas) deve ser uma prática diária. A todo momento, novas notícias falsas são veiculadas na mídia e também nos grupos de whatsapp, onde a situação é ainda mais preocupante, pois a disseminação é quase que instantânea. Como era de se esperar, nem a pandemia do novo coronavírus escaparia dessa prática. Para combatê-la, o projeto de extensão "FakeNÃO" da Universidade Federal de Alagoas, coordenado pela professora do Campus Arapiraca, Miyuki Yamashita, atua na linha de frente contra a fake news sobre a covid-19.

De acordo com a professora Yamashita, a ideia do projeto surgiu quando o grupo envolvido em uma pesquisa intitulada “Lesão Renal Aguda em pacientes com dengue, chikunguya e zika”, precisou ser paralisada em decorrência do avanço do vírus no Brasil e da suspensão das atividades acadêmicas em março, e observou o aumento das fake news enviadas nas redes sociais, principalmente, pelo WhatsApp. "Com a pandemia o número de mensagens aumentou assustadoramente e essas desinformações dificultam a adesão às medidas de contenção do vírus orientadas pelas agências oficiais de saúde. Quando tomei contato com o edital da Proex para o combate ao novo coronavírus, comentei com o grupo que poderíamos pensar em um projeto para ajudar a minimizar a progressão do vírus", explica a professora.

Dividida em quatro etapas, as ações do projeto visam diminuir os impactos da disseminação de Fake News relacionadas às medidas de combate e prevenção do coronavírus. As quatro etapas são interconectadas: identificação desses impactos na população, conscientização e por fim a criação de estratégias para a divulgação de informações confiáveis de acordo com a comunidade científica e órgãos oficiais e formação dos estudantes de Medicina para comunicação pública da ciência.

As Fake News são um dos diversos fatores que fazem com que ainda não tenhamos vencido essa batalha “A desinformação tem contribuído para a disseminação e permanência do vírus, principalmente no Brasil, na atual conjuntura social e política. Nesse sentido, quando recebemos uma notícia, analisamos, discutimos e apresentamos um ponto de vista da ciência e orientação dos órgãos de saúde em relação ao novo coronavírus como forma de combate à pandemia", conta Miyuki.

O projeto atua nas redes sociais, sobretudo no instagram. Com 45 dias de projeto ativo eles já somam 1000 seguidores ao longo de suas 31 publicações, sendo que algumas delas alcançaram mais de 900 interações e 260 compartilhamentos. O projeto FakeNão também está em outras plataformas como seu site, e-mail e podcasts. Conheça toda a equipe de trabalho e suas publicações, no Instagram (@projetofakenao), pelo site, Spotify e pelo e-mail (projetofakenao@gmail.com).