Agroecologia conquista nota 4 na avaliação do Inep

O resultado foi considerado muito bom para o curso que está em processo de reconhecimento
Por Lenilda Luna - jornalista
03/07/2019 08h30 - Atualizado em 03/07/2019 às 12h51

O curso de Agroecologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), aprovado pelo Conselho Universitário (Consuni) em junho de 2014 e iniciado em dezembro do mesmo ano, passou pela primeira visita in loco dos avaliadores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), para fins de reconhecimento pelo Ministério da Educação (MEC). 

A visita ocorreu em abril e no relatório divulgado, o curso foi muito bem avaliado, segundo as informações da professora  Jusciney Carvalho Santana, procuradora Educacional Institucional. “As notas foram todas acima de 4, nas três dimensões, que são organização didático-pedagógica, nota 4,21; corpo docente e tutorial, nota 4,22; e infraestrutura, nota 4,40”, detalhou a procuradora. 

Trechos do relatório destacados pela procuradora indicam que o curso foi considerado relevante e bem direcionado aos objetivos propostos, levando em conta que as diretrizes nacionais para as graduações em Agroecologia ainda estão sendo elaboradas. “Em relação à organização didático-pedagógica, o curso de Agroecologia vem constituindo sua matriz curricular a luz dos objetivos que se propõe para a formação de agroecólogos”, apontam os avaliadores. 

O relatório ressalta ainda o caráter do tripé das competências que norteia a organização didática pedagógica. São elas: “Conhecimento técnico sobre práticas produtivas sustentáveis e processo de transição agroecológica; conhecimento a respeito dos processos ecológicos que operam nos agroecossistemas, de maneira a entender os impactos da agricultura convencional e selecionar as técnicas de manejo agroecológico mais adequadas para o contexto local; e formação sociopolítica, no sentido de interpretar o perfil socioeconômico e os conflitos associados às populações humanas com as quais o agroecólogo irá atuar, e considerar esses aspectos na seleção de estratégias de intervenção”. 

Outras questões que foram avaliadas pelo Inep foram a interdisciplinaridade e a relação entre teoria e prática que se faz presente no curso, “com destaque para as iniciações científicas e projetos de extensão”. O corpo docente também mereceu um destaque positivo. “Ficou evidenciada a qualidade didática e a produtividade do corpo técnico que compõe o curso de Agroecologia. Os docentes, em sua maioria, possuem ampla experiência de atuação e de docência, transpassando seus aprendizados além da sala de aula”, diz o relatório do Inep. 

No quesito de infraestrutura, o relatório destacou “a grande diversidade de laboratórios que os docentes e discentes fazem uso durante o curso, os quais têm o potencial para fomentar o desenvolvimento de um trabalho que vem mostrando frutos nos resultados dos trabalhos de pesquisa e extensão, inclusive com premiações e destaques aos trabalhos desenvolvidos pelos alunos, possibilitando atender as intencionalidades na formação dos egressos”. 

Bastante satisfeita com o resultado, a equipe a Procuradora Educacional Institucional da Ufal destacou o trabalho em equipe e o esforço de docentes, técnicos e estudantes para constituir um curso de qualidade, voltado para as demandas da Agricultura Familiar. “Aos gestores do Centro de Ciências Agrárias (Ceca), à Gestão Central da Ufal, aos docentes e estudantes, todo o meu apreço e admiração. Decididamente estamos no caminho certo! Estamos todos de parabéns!”, agradeceu Jusciney Carvalho.