Janeiro Roxo alerta sobre os casos de Hanseníase

HUPAA é referência no tratamento da doença em Alagoas
Por Klebson Candido - estagiário de Relações Públicas
25/01/2019 21h11 - Atualizado em 22/11/2021 às 09h05
Campanha Janeiro Roxo alerta sobre a necessidade de prevenção da hansíase

Campanha Janeiro Roxo alerta sobre a necessidade de prevenção da hansíase

Instituída em 2016, pelo Ministério da Saúde, a campanha Janeiro Roxo conscientiza sobre a prevenção e tratamento da Hanseníase, doença transmissível que pode causar deficiências e incapacidades físicas, mas que conta com processo de tratamento curativo. Pacientes do Hospital Universitário professor Alberto Antunes (Hupaa) contam com serviço de referência em Alagoas no tratamento da doença.

De acordo com a médica dermatologista do HU, Mariana Valeriano, o Brasil é o segundo país com o maior número de casos, perdendo apenas para a índia. “Ele [o paciente] vai ter uma mancha, com alteração na pele, mas também pode afetar o nervo, então o paciente não vai sentir aquele local e aquilo não vai incomodá-lo, inicialmente. Isso faz com que ele demore a procurar o atendimento”, disse.

Ainda de acordo com a médica, de cada dez pessoas, nove não se contaminam com o bacilo transmissor, o bacilo de Hansen. A Hanseníase pode se manifestar nas formas infecciosa e imunológica, com o aparecimento de manchas na pele, lesões grossas, conhecidas como placas, além de caroços ou nódulos. Há quadros mais leves e mais graves da doença, com casos de lesões neurais irreversíveis.

O diagnóstico da Hanseníase se dá pelo exame físico completo, seguido do teste de sensibilidade térmica nos casos suspeitos, além dos exames complementares como, a baciloscopia e biópsia para definir o tratamento mais adequado a cada caso.

O tratamento da doença é realizado com medicamentos, tem duração de seis meses a um ano e é fornecido nas unidades básicas de saúde, além dos serviços de referência no enfrentamento à doença em Alagoas, como o HU.  

A dermatologista ressaltou que a Hanseníase é considerada uma doença negligenciada, pela sua relação com fatores socioeconômicos como a falta de saneamento básico e condições de moradia. A médica comentou sobre o serviço de referência do HU para o tratamento da doença. “O Hospital fornece a possibilidade de internação, controle de pacientes com reações graves, diagnóstico de casos difíceis que as unidades de saúde não conseguem detectar, encaminhamento à outras especialidades [médicas], finalizou.