SBPC Afro e Indígena encerra atividades e celebra debates das relações étnicos-raciais

Diversas personalidades foram homenageadas no evento
Por Veruscka Alcântara, jornalista colaboradora
25/07/2018 17h05 - Atualizado em 25/07/2018 às 17h04
Fotos: José Moura

Fotos: José Moura

O encerramento da SBPC Afro e Indígena na Ufal Campus do Sertão, na noite desta terça-feira (24), contou com diversas homenagens realizadas pela coordenação do evento. A solenidade selou os dois dias de atividades e discussões em torno das relações étnico-raciais.

A professora e coordenadora, Ana Cristina Santos, falou sobre a realização de um evento desse porte no campus. “O evento superou as expectativas, tivemos mil pessoas inscritas, nos dois dias, e grande participação da comunidade sertaneja, dos povoados, quilombolas, indígenas. Vimos as pessoas bastante interessadas pelos debates e isso só vem revelar o quanto essas discussões em tornos das relações étnicos-raciais são pertinentes. Estamos em um espaço privilegiado para trazer essas discussões à tona, que é a Universidade”, enfatizou.

Ela ainda frisou que a SBPC cumpre plenamente o seu papel. “A SBPC Afro Indígena cumpre o seu papel social, intelectual, e agora cabe a nós assumirmos essa responsabilidade, enquanto Universidade, e darmos continuidade às discussões”. Ana ressaltou que os alimentos arrecadados nas inscrições serão doados a duas instituições da região.

As homenagens do enceramento foram prestadas a Maria Aparecida Silva, no critério produção científica; Cleide Gomes da Silva, critério liderança política feminina, representando a comunidade indígena e Manoel Oliveira dos Santos (Bié), liderança política masculina, representando a comunidade quilombola. No critério ancestralidade, foram homenageadas Maria Jacinta de Jesus, conhecida como Maria Cabôcla, com 103 anos, e Dona Alice, que faleceu com 102 anos. A conferência de encerramento O conhecimento matemático nas diversas culturas foi realizada pela professora Lúcia Cristina Monteiro.

Para o estudante de pedagogia Ervison Araújo Silva, da etnia Jeripancó, o evento contribui para a repercussão do saber indígena. “Foi um prazer participar desse encontro onde se discute a política de educação e a permanência dos indígenas na universidade, como também os afrodescendentes. Soma e contribui para a repercussão da ciência e do saber indígena dentro do Campus do Sertão”.