Pesquisadores discutem inclusão de informática no currículo da rede pública

Pesquisadores discutem inclusão de informática no currículo da rede pública
Por Esmerino de Lima – estudante de Jornalismo
28/07/2018 11h06 - Atualizado em 22/11/2021 às 09h05
Mesa-redonda discute inclusão da informática na grade curricular da rede pública. Foto: Esmerino de Lima

Mesa-redonda discute inclusão da informática na grade curricular da rede pública. Foto: Esmerino de Lima

Pensar em educação não tem sido tarefa fácil para os educadores, sobretudo, os da rede pública de ensino, com a missão de introduzir o uso da informática no currículo escolar. No entanto, a 70ª reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) trouxe para Alagoas pesquisadores que fomentaram a discussão durante a mesa-redonda O Pensamento Computacional na Educação Básica: O que esperar.

Os pesquisadores apontaram que, políticas públicas voltadas para a educação desde o ensino fundamental é importante para o desenvolvimento intelectual dos estudantes. E que a falta de recursos e os cortes afetam a qualidade do ensino.

“Se a gente quer um país mais igual, com mais distribuição dos recursos e possibilidades para todos, precisamos dar as condições, e parte das condições é exatamente a infraestrutura e depois a formação do ser humano. Como os países mais avançados fizeram. Então, não dá para imaginar que vamos pular etapas e obter bons resultados”, explica o pesquisador e doutor pela Universidade de São Paulo (USP), Ivan Cláudio Siqueira.

De acordo com a mediadora da mesa-redonda, a professora Leila Ribeiro, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a educação passa por processos e, junto à informação, leva a cultura digital até a formação profissional. Além disso, a computação desenvolve habilidade de resolver problemas, se expressar, ser crítico, cooperativo e criativo, ajudando a ser um líder e ter autonomia.

O professor Leonardo Viana, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) contou sobre sua experiência em uma escola da rede pública com projetos de robótica, com aulas práticas e competições, que promoveram aos alunos vontade de estudar e o interesse pela tecnologia, sobretudo, na informática. “O ensino público tem que investir em informática para não ficar atrás das escolas particulares”, alertou.

Formar professores na área da informática tem sido um desafio, segundos os pesquisadores, que ressaltam a importância da educação ser levada para as áreas mais carentes, onde a oportunidade vai gerar conhecimento e melhorar a região onde vivem.