Alternativas para uma radioterapia mais segura são discutidas em conferência

Palestrante esclareceu o uso da radiobiologia e dos radiossensibilizadores no tratamento de câncer e tumores
Por Isabella Lucena - estudante de Jornalismo
27/07/2018 20h07 - Atualizado em 28/07/2018 às 08h14
Debate sobre alternativas para radioterapia mais segura

Debate sobre alternativas para radioterapia mais segura

A conferência Radiobiologia e radiossensibilizadores: a ciência para uma radioterapia mais eficiente e segura, na Ufal, contou com a participação da professora Divanizia Souza e a apresentação do pesquisador Thiago Fernandes.

De acordo com a palestrante, a radiação é utilizada hoje de várias formas, nos diagnósticos, como é o caso do raio-x, mas principalmente nos tratamentos de saúde de algumas doenças mais sérias, como a radioterapia para o tratamento do câncer. A radioterapia utiliza a radiação ionizante, capaz de arrancar moléculas de um átomo, eliminando o maior número de células nocivas e limitando os danos nos locais não infectados. “Quando essa radiação interage com o corpo humano, ela sempre traz algum efeito”, complementa Souza.

A professora esclarece que os estudos de radiobiologia surgiram com a percepção dos problemas produzidos pela radiação. Ela explica que este é  “um ramo da ciência que estuda os efeitos da luz e das radiações ultravioleta ionizantes sob os organismos ou tecidos vivos. Essa exposição resulta em diversas respostas biológicas. Entre as respostas estão o aparecimento de tumores em outras partes do corpo, agravamento do câncer atual ou patologias, como lesões oculares, alopecia e eritema”.

De acordo com Divanizia Souza, a partir dos estudos desenvolvidos nos laboratórios de radiobiologia surgiram os radiossensibilizadores, uma alternativa que possibilita um tratamento mais eficiente e mais seguro para os pacientes. Os radiossensibilizadores são agentes químicos que vão aumentar a sensibilidade e o efeito da radiação na região afetada pelos tumores, preservando melhor os outros órgãos e tecidos do corpo.

Para o pesquisador Thiago Fernandes, o uso desses agentes traz uma série de perspectivas positivas para o futuro dos tratamentos contra o câncer. “A ideia é combinar estratégias para dar uma maior qualidade de vida a esses pacientes, gerar menos efeitos adversos e uma maior chance de cura, para dessa maneira construir uma medicina cada vez mais precisa”, destacou.