Ufal e HU recebem Organização Pan-Americana de Saúde para discutir acordo interinstitucional

Termo de Cooperação Técnica envolverá ações de saúde voltadas ao melhoramento do SUS

09/11/2016 19h19 - Atualizado em 10/11/2016 às 15h22
Maria Valéria Correia destacou o protagonismo da Universidade nas ações em prol do melhoramento da saúde pública

Maria Valéria Correia destacou o protagonismo da Universidade nas ações em prol do melhoramento da saúde pública

Mércia Pimentel - jornalista

Gestoras da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e do Hospital Universitário receberam, nesta terça (9), representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) para discutir a construção de um Termo de Cooperação Técnica (TCT) entre instituições que atuam no âmbito da saúde pública do Estado. Entre os objetivos do termo estão planejamento das ações de saúde voltadas, principalmente, à assistência à população, gestão e formação profissional.

Representando a gerência da OPAS, Maria Angélica Gomes destacou que o TCT tem como alvo o aperfeiçoamento da capacidade de gestão do SUS em Alagoas. Nesse sentido, ressaltou o papel da universidade nesta parceria a fim de atuar na formação e capacitação dos profissionais de saúde: "É visível a necessidade da presença da OPAS junto à UFAL na formulação de políticas locais de formação dos profissionais de saúde para que possam dar resposta às necessidades detectadas, bem como na produção de novos conhecimentos através da pesquisa e da produção de inovação tecnológica, prevendo aporte para reestruturar sua capacidade produtiva". 

Responsável por trazer a OPAS para Alagoas, a reitora Maria Valéria Correia destacou o protagonismo da Universidade nas ações em prol do melhoramento da saúde pública. Mesmo no cenário de crise, lembrou das recentes conquistas para o HU mediante articulação da gestão atual. "Fomos buscando alternativas em meio à crise. Ninguém imaginaria que conseguiríamos o acelerador linear [aparelho para realização de radioterapia], o equipamento de medicina nuclear e outros maquinários importantes para o HU. Continuaremos contribuindo para que o nosso hospital continue sendo referenciado socialmente", salientou.   

A superintendente do HU, Fátima Siliansky, afirmou que o TCT ajudará a equipe a pensar sobre as prioridades do hospital, além de auxiliar no planejamento das ações a curto, médio e longo prazos. "Precisamos estabelecer critérios no sentido de eleger quais as demandas prioritárias a fim de melhor entender a determinação social do processo de saúde-doença, bem como nosso papel nesse contexto", frisou.

O superintendente de Atenção à Saúde do Estado de Alagoas, médico Rogério Barboza, enfatizou a importância de várias instituições estarem engajadas neste projeto de reformulação das políticas locais de saúde, uma vez que uma grande parcela da população alagoana depende dos serviços do SUS. Assim, reforçou que "são mais de 3 milhões de habitantes em Alagoas precisando de que algo a mais seja feito, sobretudo na assistência básica. Estamos aqui para colaborar nesse sentido".

Após discussão das ações do TCT, os representantes das instituições concordaram com a organização de uma oficina para discutir sobre gestão de modelos de saúde. A programação ainda está sendo montada, mas ficou acordado que ela será realizada dia 1º de dezembro nas dependências do Hospital Universitário. 

Além da Ufal e do HU, estão envolvidos Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau), Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems/AL).

OPAS em Alagoas

A Organização Pan-Americana de Saúde é um órgão integrado à Organização Mundial de Saúde (OMS). A instituição é secular e visa contribuir para o melhoramento das condições de saúde dos países pertencentes às Américas. No Brasil, atua com o apoio de especialistas em epidemiologia, saúde e ambiente, recursos humanos, comunicação, serviços, controle de zoonoses, medicamentos e promoção da saúde.

Em Alagoas, o Termo de Cooperação a ser firmado prevê ações voltadas a grupos populacionais vulneráveis, cujas características causam impacto nos indicadores de saúde do Estado.