Rosiane Martins – estudante de jornalismo

Na última sexta-feira (27), a Escola de Enfermagem (Esenfar) da Universidade Federal de Alagoas promoveu um ciclo de palestras com o tema Combate a Violência contra a Mulher. A iniciativa faz parte das ações da Organização das Nações Unidas (ONU) em 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres e, na Ufal, está sendo coordenada pela professora Jovânia  Marques.

Até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, vários movimento em todo o país, farão ações pelo fim da violência contra as mulheres. “Concentramos hoje querendo alertar e ativar alunos e professores para que eles contribuam na redução da violência contra a mulher. Esse evento não é isolado, a Ufal está em parceria com outras universidades, com movimentos que lutam pela causa e com a sociedade em geral”, destacou Jovânia  Marques.

Ela fala que o evento é uma parceria com a Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP). “Fomos convidados a fazer parte dessa iniciativa de promover atividades que abordem o tema. Como nós trabalhamos em pesquisa com mulheres e temos uma matéria na grade curricular sobre a saúde da mulher, não hesitei em aceitar o convite, afinal, é importante ver a comunidade acadêmica discutindo o tema. Violência contra mulher é um problema e precisamos de ações para resolvê-lo”, enfatizou.

O ciclo de palestras se iniciou com a professora do Centro de Educação (Cedu), Rosemeire Reis, abordando a questão de gênero. Outras discussões se estenderam até o final do dia com temas, como a mulher frente à violência e sobre saúde da mulher.

Sobre a exposição

A programação do dia também foi marcada por uma exposição fotográfica realizada por alunas do curso de Comunicação Social. As alunas Suzy Sathiê, Maria Aparecida e Elisama Janaina criaram a exposição com fotos de mulheres em situação de violência. As fotos foram feitas para adquirir nota na disciplina de Estética e chegou às mãos da professora Jovânia, que ficou encantada e convidou as meninas a exporem as imagens durante o evento. “Nós quisemos unir a arte a um problema social”, destacou Maria Aparecida.

“A arte não é só o belo, quisemos abordar uma questão social nas fotos e decidimos falar da violência contra a mulher e a exposição surgiu como uma forma de protesto, de dar um basta nessa realidade”, ressaltou Suzie.