HU faz campanha para marcar Dia Mundial da Sepse

Profissionais esclarecem sobre sintomas e gravidade da doença, uma das principais causas de mortalidade hospitalar

10/09/2015 16h21 - Atualizado em 10/09/2015 às 16h23
Equipe do HU faz campanha durante esta semana

Equipe do HU faz campanha durante esta semana

Ascom HU

O Hospital Universitário da Ufal realiza esta semana uma ação para esclarecer usuários e profissionais da instituição sobre um problema de saúde grave: a sepse. As estatísticas revelam que essa é uma das principais causas de mortalidade hospitalar, superando o câncer e, até mesmo, o infarto do miocárdio. A campanha marcará o Dia Mundial da Sepse, 13 de setembro, quando profissionais de saúde de todos os continentes intensificam ações que podem reduzir a incidência desse grave problema de saúde pública.

Até esta sexta-feira, 11, profissionais e residentes da UTI Geral e do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) distribuem materiais informativos, trabalham com vídeos educativos e fazem esclarecimentos sobre a sepse, para alertar o público para o problema e sobre como reconhecê-lo. A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção.

Antigamente, era chamada de septicemia ou infecção no sangue e, hoje, é mais conhecida como infecção generalizada. Segundo os profissionais, a sepse não é a infecção que está em todos os locais do organismo. Por vezes, a infecção pode estar localizada em apenas um órgão, como por exemplo, o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta com inflamação numa tentativa de combater o agente da infecção. Essa inflamação pode vir a comprometer o funcionamento de vários órgãos do paciente, que pode não suportar e vir a falecer. Esse quadro é conhecido como disfunção ou falência de múltiplos órgãos.

A sepse tem alta mortalidade no país, chegando a 65% dos casos, enquanto que a média mundial está em torno de 30% a 40%. Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress, a mortalidade da sepse no Brasil é maior que a de países como Índia e Argentina. A doença é a principal geradora de custos nos setores público e privado. Isso é devido à necessidade de utilizar equipamentos sofisticados, medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe médica. Em 2003, aconteceram 398 mil casos e 227 mil mortes por choque séptico no Brasil, com destinação de cerca de R$ 17,34 bilhões ao tratamento.

O HU ainda não tem estatísticas consolidadas, mas recebe alto índice de gestantes com foco de sepse urinária, segundo informa e equipe da UTI Geral. Todas as pessoas podem ter sepse, mesmo aquelas saudáveis. No entanto, aquelas com diabetes, câncer, infecção pelo HIV, tratados previamente com quimioterapia, usuários de corticosteróides ou aqueles que apresentam qualquer forma de imunossupressão, bem como recém-nascidos prematuros e idosos são os mais suscetíveis às formas mais graves de infecção.

Normalmente, os primeiros sintomas são aqueles associados com a fonte de infecção, como tosse devido à pneumonia ou à dor abdominal se o foco for uma apendicite. Pode haver sintomas como febre, aumento das frequências cardíaca e respiratória. Todos devem estar cientes dos principais sintomas clínicos que indicam um agravamento da infecção. Falta de ar, redução da produção de urina, tontura ou alteração do estado mental com confusão, agitação ou sonolência podem ser marcadores de disfunções orgânicas. Nesses casos, os pacientes devem procurar ajuda médica.

Com informações do site: http://www.sepsisnet.org/