Segurança Alimentar e Nutricional é tema de oficina no Caiite

Atividade abordou diversos assuntos ligados ao tema

19/06/2015 12h39
Oficina sobre Segurança Alimentar e Nutricional

Oficina sobre Segurança Alimentar e Nutricional

Natália Oliveira – estudante de Jornalismo

Na quinta-feira, 18, a Faculdade de Serviço Social e de Nutrição da Universidade Federal de Alagoas promoveram oficina O que é Segurança Alimentar e Nutricional? no Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia (Caiite 2015). A atividade tratou de temas como Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, a produção de alimentos em base agroecológica, a higiene dos alimentos e a importância da rotulagem nutricional para a segurança alimentar.

De acordo com a Lei 11.346/2006, a Segurança Alimentar e Nutricional compreende a “realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis”.

Na oficina, realizada pelo Grupo de Estudo e Pesquisa e Extensão em Serviço Social, Políticas Públicas e Direitos Humanos à Alimentação Adequada, houve trabalhos expositivos com apresentação de dados e estatísticas sobre o mapa da fome e da agricultura familiar no Brasil. Segundo a professora da Faculdade de Serviço Social, Wanda Hirai, a fome é considerada uma situação de insegurança alimentar. “Quem não tem dinheiro, não tem acesso à alimentação. A partir do momento em que não há dinheiro para comer, nem condição de produzir o próprio alimento, o indivíduo passar a ficar numa posição de insegurança alimentar”, explicou.

Na atividade, os participantes puderam assistir a um trecho do documentário O veneno está na mesa, de Silvio Tendler. O vídeo elucida a realidade da agricultura no Brasil por meio de depoimentos de agricultores, representantes de consumidores, de multinacionais e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Dados alarmantes sobre a presença de agrotóxicos em alimentos produzidos no país também foram abordados. As estatísticas mostram que cerca de 5,2 litros de agrotóxicos são consumidos por pessoa no Brasil, país que mais utiliza agrotóxicos no mundo.

Outro tema destacado foi a recente aprovação da Câmara dos Deputados pela retirada da identificação de alimentos de origem transgênica nos rótulos dos produtos comercializados. Durante a oficina, que também tratou a garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada, os palestrantes defenderam o maior acesso e consumo de alimentos orgânicos, ou seja, livres de produtos químicos e de modificação genética. Outros assuntos ligados ao tema foram explanados, como a higiene no manuseio dos alimentos e sua conservação, em busca da melhor conservação nutricional.