Pedro Barros - estudante de jornalismo

O Auditório Nabuco Lopes, na Reitoria, foi palco na noite da terça-feira, 11, da primeira aula do estágio obrigatório dos estudantes de direito da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Os alunos do 9º e do 10º período devem atuar no Escritório Modelo de Assistência Jurídica (Emaj) no Fórum Universitário, que fornece assistência gratuita a famílias carentes dos bairros próximos ao Campus A. C. Simões, em Maceió.

A aula inaugural tratou da importância da conciliação e da humanização nos processos e da disciplina prática para a carreira dos futuros profissionais do direito. Estiveram presentes o coordenador e professor do Emaj, Flávio Costa; a coordenadora da Faculdade de Direito de Alagoas (FDA), Lavínia Cavalcanti; o pró-reitor de Extensão, Eduardo Lyra; e o coordenador de Programas de Extensão, José Roberto Santos. O magistrado Rinaldo Rapassi, Juiz do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região, participou como palestrante e falou sobre o valor da cordialidade no ambiente jurídico.

O encontro reuniu estudantes da manhã e da noite. "Aqui serão apresentadas tópicos como as regras do funcionamento do Escritório Modelo, como se comportar, quais são os bairros atendidos, os tipos de ações etc.", explicou o professor Flávio Costa.

"Apesar da teoria ser muito bem ministrada pelos nossos professores, muita coisa se aprende na prática. Nossos alunos devem ficar um ano em contato com pessoas e conflitos reais. É uma coisa que transforma tanto o aluno quanto aqueles que precisam da sua assistência", explicou a coordenadora do curso, Lavínia Cavalcanti. A professora também falou sobre a importância da humanização nos processos: " vamos transformar aquela foto 3x4 anexada aos documentos numa foto 10x15 da situação?".

O Emaj é o único acesso à Justiça nas redondezas do campus de Maceió. Segundo a professora, as pessoas atendidas são as mais carentes e menos assistidas da região, devendo ter no máximo três salário mínimos. "Atendemos, em média, 50 pessoas por dia, de quinze bairros do entorno. As ações são relativas a família e direito do consumidor", explicou o professor Flávio Costa. "Os alunos devem uma contribuição para com a sociedade, que custeou seus estudos na universidade pública", completou.