Diana Monteiro – jornalista

A comunidade de Santana do Ipanema  viverá um final de semana diferente que mudará a rotina da cidade, com o lançamento dos projetos “Descobrindo o turismo no sertão” e “A construção de atividades lúdicas, possibilitando o desenvolvimento das habilidades de um gestor”, envolvendo até o próximo domingo, dia 19, os diversos segmentos da sociedade local na programação elaborada. O lançamento oficial, na sexta-feira, dia 17, será na Câmara Municipal, às 16 horas, e uma palestra sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Turismo enfocando “A importância do Turismo para o município de Santana do Ipanema”, marcará o início dos projetos, cujas ações se concentrarão na Praça Dr. Isaac de Miranda.

De acordo com os professores Lucas Maciel Muniz e Hérmani Magalhães, do Campus do Sertão, os projetos foram aprovados recentemente pelo Painter (Programa de ações interdisciplinares) e têm como público alvo alunos do Ensino Médio dos dois últimos anos, das escolas públicas e particulares de Santana do Ipanema. Entre as parcerias estão as Secretarias de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplande) e de Turismo. O Sebrae Alagoas também se constitui  também como um dos parceiros, bem como a Associação Comercial local, Prefeitura e a Cactus Escalada, que congrega um grupo de jovens para a prática de esportes de aventura.

“A ideia básica de realizar este lançamento envolvendo a sociedade do município de Santana do Ipanema surgiu com um objetivo simples: envolver os munícipes em uma atividade prazerosa e diferenciada, organizada pelos coordenadores e membros destes dois projetos, na busca de ampliar a importância da pesquisa e extensão desenvolvida nesta Unidade de Ensino, como forma de vivenciar o processo ensino-aprendizagem além dos limites da sala de aula”, frisam os coordenadores.

Painter e desenvolvimento regional

Lucas Muniz e Hérmani Magalhães afirmam que um dos objetivos do projeto é  mostrar que em Santana do Ipanema há um potencial turístico diferenciado, extraído dos seus recursos naturais como serras, riachos, montanhas, paisagem e clima seco, característicos da caatinga, buscando atrair o turismo de aventura (ecoturismo).

Os projetos em desenvolvimento objetivam contribuir para o crescimento do desenvolvimento socioeconômico de Santana do Ipanema, aprimorando os conhecimentos básicos característicos de um gestor e potencializando o crescimento do turismo na região. “Foi preparada uma enriquecedora troca de conhecimento e experiências envolvendo o corpo docente, discente, os técnicos administrativos e às diversas organizações da sociedade”, frisa o professor Lucas Muniz autor dos projetos em desenvolvimento.

Atividades

Constam da programação atividades de simulação de escaladas nas modalidades Top Rope e Boulder. “Usaremos paredes de escaladas artificiais já construídas e utilizadas para treinamento da equipe da Cactus Escalada, devidamente qualificada e segura. Esta equipe dará o suporte necessário para a execução destas atividades em caráter amador”, enfatiza Lucas Muniz. Acrescenta que, simultaneamente, alguns alunos da Ufal estarão desenvolvendo atividades com jogos lúdicos, fazendo anotações e destacando algumas características desenvolvidas por um gestor.

No sábado, dia 18, e domingo, dia 19, objetivando a divulgação da prática do esporte de aventura, a Cactus Escalada promoverá a etapa de seleção do 2º Feal (Festival de Escalada de Alagoas), convocando admiradores do esporte em todo estado de Alagoas na modalidade amadora, intermediária e profissional.

As atividades de escalada em muros artificiais já construídos pela Cactus Escalada, tornando esta prática mais visual e reconhecida na região. “Atualmente, Santana do Ipanema é reconhecida nacionalmente por ser pioneira nesta atividade, no estado de Alagoas. Hoje em Dois Riachos, um município vizinho ao nosso, desenvolve-se a prática da escalada como forma de incentivo a diminuição da ociosidade de adolescentes e jovens, e o aumento na disciplina nas atividades escolares, diminuindo com isso a evasão escolar e visando uma atividade remunerada para os instrutores”, concluíram Lucas Muniz e Hérmani Magalhães.