Presente e futuro da educação superior são discutidos no 1º Alagoas Caiite

Palestrantes de várias instituições trocaram experiências e debateram a implantação dos novos modelos de currículo dos cursos de graduação

28/04/2013 13h50 - Atualizado em 14/08/2014 às 10h31
Mário Adriano, diretor do Centro de Saúde da UFS

Mário Adriano, diretor do Centro de Saúde da UFS

Manuella Soares - jornalista

A Pró-reitoria de Graduação da Universidade Federal de Alagoas reuniu renomados profissionais para contribuir com a disseminação do conhecimento no 1º Alagoas Caiite. Dentro da programação, algumas mesas-redondas tiveram a participação de convidados de instituições de ensino de outros estados, que discutiram os caminhos da educação superior.

A mesa coordenada pela professora Graça Marinho, diretora do Centro de Educação da Ufal, levantou a questão da formação continuada dos professores, os currículos inovadores e as metodologia de ensino e aprendizagem. As palestras foram ministradas pela professora Sandra Mara Chaves, pró-reitora de graduação da Universidade Federal de Goiás (UFG) e, pelo professor Anderson Gomes, da federal de Pernambuco - UFPE, que coordena um projeto no Ministério da Educação, intitulado “Quero ser professor”, em fase de formatação.

Outro tema em debate foram as metodologias ativas no ensino superior, que compreende um modelo de disciplinas organizadas em eixos temáticos, onde o foco é no aluno e o professor não é mais o centro do saber, mas, sim, um facilitador para resolução de problemas. Daí, o nome Aprendizado Baseado em Problemas, da tradução para a sigla PBL (Problem Based Learning).

Para mediar as discussões, o professor Francisco Passos, diretor da Faculdade de Medicina (Famed) da Ufal, coordenou a mesa dos palestrantes convidados, Mário Adriano Santos, diretor do Centro de Saúde da Universidade Federal de Sergipe (UFS); Paulo Roberto Pialarissi, coordenador de Engenharia Biomédica da PUC/SP; e Denise Norato, especialista em Educação Médica, da Unicamp.

Modelo para cursos de Medicina

Todos os novos cursos de Medicina do País já são obrigados a adotar o método PBL nos currículos. A Ufal já tem essa experiência no curso do Campus A. C. Simões e, de acordo com o pró-reitor de Graduação, Amauri Barros, o novo curso de Medicina do Campus Arapiraca será implantado com o modelo de Aprendizagem Baseada em Problemas.

Segundo Amauri, o Projeto Político Pedagógico já está em fase de formulação, assim como a contratação e a capacitação dos docentes. Barros disse ainda que a Prograd pretende estender o método, inicialmente, para as áreas de tecnologia e educação e, à medida do possível, aplicar em toda os cursos da Ufal.

“É uma tendência mundial! A gente não pode mais ter aluno do século 21, docente do século 20 e currículo do século 19. Então, não podemos nos contentar com os modelos tradicionais, com aulas enfadonhas e burocráticas, que não prendem a atenção do aluno nem instigam à curiosidade. A gente tem que inovar. Vamos motivar os nossos docentes e a gestão dos cursos para isso”, enfatizou Amauri Barros.