Psicologia e Serviço Social desenvolvem estudos para o tratamento de dependentes químicos

Alunos dos dois cursos iniciam estudos exploratórios em Comunidades de Colhida

28/12/2012 10h45 - Atualizado em 14/08/2014 às 10h36
Professor Cristóvão Félix coordena alunas dos dois cursos em estudos exploratórios

Professor Cristóvão Félix coordena alunas dos dois cursos em estudos exploratórios

Jhonathan Pino - jornalista

Após quatro semanas de discussão, o projeto de extensão “Comunidades de Colhida para dependentes químicos: um estudo exploratório” inicia as visitas as instituições de recuperação de dependentes, na região metropolitana de Maceió. Janeiro é o mês em que estudantes de Psicologia e Serviço Social colocam em prática o que aprenderam nos debates.

“Eles foram inseridos na problemática do uso das drogas, na tentativa de qualificá-los na colhida das comunidades, tentando desfazer os preconceitos na temática e colocando-o como um problema de saúde pública e não de polícia”, explica Cristóvão Félix Garcia, coordenador do projeto.

O docente relata que inicialmente duas turmas de 20 alunos passaram por discussões sócio-históricas, para entender o uso das drogas nas diversas civilizações; farmacológicas, como forma de entender os efeitos das drogas no organismo e suas classificações; na legislação e políticas públicas, além do trabalho desenvolvido pelas comunidades terapêuticas.

No dia 9 de janeiro tem início as incursões às organizações não governamentais evangélicas e católicas, que desenvolvem o trabalho de recuperação dos dependentes. “Será feito um estudo exploratório e documental, para que possamos entender quem as mantêm, quais suas origens, de onde vem os recursos dessas instituições, como também o perfil do interno, na coleta de dados socioeconômicos, taxa de escolaridade e outros itens”, detalha Garcia.

Com esses dados em mãos será possível ao grupo iniciar uma nova etapa do projeto, onde os alunos farão estágios nas instituições acolhedoras, de forma que o trabalho desenvolvido por eles se dê de forma integrada. “Cada curso terá um olhar a partir de sua área de atuação: os alunos de Psicologia serão inseridos na avaliação psicológica dos pacientes e os alunos de Serviço Social, na avaliação social. Num determinado momento vamos interligar os conhecimentos para atuar na multidisciplinaridade”, ressalta.

Os grupos se reúnem todas as terças e quartas-feiras no prédio anexo ao Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), entre as 13h30 e as 15h30.