Lançamento da Edufal retrata a vida dos ostreicultores alagoanos

Livro aborda os desafios enfrentados por ostreicultores de Maceió, Coruripe, Passo de Camaragibe e Barra de São Miguel

08/10/2012 12h50 - Atualizado em 02/05/2024 às 16h01
Capa do Livro

Capa do Livro

Ascom Ufal

A obra Entre uma ostra e outra: histórias de vida dos ostreicultores de Alagoas, de autoria da jornalista Naara Normande, graduada pela Universidade Federal de Alagoas, será lançada nesta terça-feira (9), no Espaço Linda Mascarenhas, às 20h. O livro é mais um lançamento da Edufal que retrata histórias de vida e de trabalho de alagoanos inspirados em costumes passados por várias gerações para o sustento familiar. O material apresenta relatos de trabalhadores que obtêm alternativa de renda por meio do cultivo de ostras: os ostreicultores.

O livro resultou da monografia apresentada ao Curso de Especialização em Comunicação da Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo, no ano de 2011. A publicação foi elaborada a partir de relatos sobre os desafios enfrentados por ostreicultores de Maceió, Barra de São Miguel, Passo de Camaragibe e Coruripe, municípios do Estado de Alagoas. No livro, Naara Normande apresenta depoimentos de homens e mulheres que dependem do cultivo das ostras para a sobrevivência e revela o contexto social ao qual essas pessoas estão inseridas.

A temática surgiu pelo interesse de retratar histórias de Alagoas para outros espaços, que vão além da conhecida beleza dos mares e das lagoas. Sob essa perspectiva, surgiu a ideia de dar oportunidade de expressão a indivíduos que vivem do cultivo de ostras, atividade que envolve aspectos sociais importantes para o Estado. Apesar de as ostras representarem glamour na gastronomia local, poucos conhecem as condições de vida e de trabalho de quem as produz na região.

Proposta como uma alternativa de renda para as comunidades, a ostreicultura se destaca pelo estímulo à preservação do meio ambiente, com a substituição do modelo extrativista de retirada de moluscos diretamente dos manguezais para o cultivo em mesas. Segundo Naara, instituições governamentais e não-governamentais apoiam o desenvolvimento dessa atividade no Estado de Alagoas, mas ainda há muito o que ser feito. “Além de qualquer ação técnica, a ostreicultura somente poderá ser consolidada no Estado se esses homens e mulheres tiverem acesso a necessidades universais, como saneamento básico e água tratada, e um mercado que valorize àquele que produz”, destaca a jornalista.

Exemplares do livro Entre uma ostra e outra: histórias de vida dos ostreicultores de Alagoas estão sendo distribuídos para as associações dos ostreicultores dos diversos municípios alagoanos, com dedicatória da jornalista Naara Normande àqueles que contribuíram com o seu trabalho.