Ministério da Justiça garante recursos para presídio de Arapiraca

Anúncio foi feito à vice-reitora Rachel Rocha durante reunião em Brasília

23/04/2012 23h45 - Atualizado em 14/08/2014 às 10h35
Rossini entrega relatório à vice-reitora Rachel Rocha e ao diretor-geral do Campus Arapiraca, Márcio Aurélio

Rossini entrega relatório à vice-reitora Rachel Rocha e ao diretor-geral do Campus Arapiraca, Márcio Aurélio

Simoneide Araújo - jornalista

A vice-reitora da Universidade Federal de Alagoas, Rachel Rocha, voltou de Brasília com uma boa notícia para a comunidade do Campus Arapiraca. Durante reunião, no  dia 18 de abril, o diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça, Augusto Eduardo de Souza Rossini, entregou relatório à vice-reitora e disse que os recursos destinados à construção do novo presídio estão garantidos.

Segundo Rossini, serão recursos de emenda de bancada que somam 14 milhões de reais. No entanto, ele declarou que o montante só será liberado mediante apresentação de projeto de contrução. “Vamos abrir o Sinapi [Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil] para liberar o recurso, tão logo o governo estadual apresente o projeto arquitetônico e haja liberação do terreno onde será instalada a nova unidade”, afirmou o diretor-geral do Depen.

Rossini disse que Alagoas será duplamente beneficiado. Além dos 14 milhões para construção do novo presídio de Arapiraca, também há recursos garantidos, na ordem de 17 milhões de reais, para uma unidade prisional destinada a jovens e adultos, em Maceió. Ele lembrou que se o governo do Estado quiser pode contar com o trabalho de uma das mais conceituadas arquitetas, de referência nacional e internacional na área de sistema prisional, Suzann Cordeiro, que é professora da Ufal.

A vice-reitora agradeceu ao diretor-geral pelo relatório e pelos esclarecimentos e disse que a Ufal há mais de uma década atua junto ao sistema prisional alagoano, contribuindo com a reinserção de reeducandos no mercado de trabalho. Só no Campus A.C. Simões, em Maceió, são mais de 70 homens do regime semiaberto, trabalhando e recebendo salários regularmente. “A partir da iniciativa da universidade, outras instituições também se interessaram em contratar apenados”, reforçou Rachel Rocha.

Dados nacionais

De acordo com dados do Depen, no Brasil, para cada vaga ocupada no sistema fechado, são gastos 30 mil reais; no semiaberto, uma vaga custa 3 mil reais. O sistema prisional brasileiro mantém 514 mil presos. Desses, 3/5 não têm  ensino fundamental completo; cerca de 300 mil são afro-descendentes.