Comunidade externa participa de cursos na universidade

Teoria e prática do pandeiro, do violão e da fotografia estão na programação dos cursos de verão, que acontecem até dia 20

12/01/2012 10h10 - Atualizado em 14/08/2014 às 10h34
Manuela ministra o curso de iniciação ao pandeiro

Manuela ministra o curso de iniciação ao pandeiro

Jhonathan Pino -jornalista

A Pró-Reitoria de Extensão (Proex) promove mais uma edição dos cursos de verão. O objetivo é aproveitar as férias para chamar a comunidade externa para o campus da Universidade Federal de Alagoas e levar novos conhecimento para esse público. Alunos de vários cursos da Ufal são os monitores e repassam suas experiências de vida para o ambiente acadêmico: é o caso dos cursos de iniciação ao violão, ao pandeiro e à fotografia, oferecidos nesta primeira semana.

Autodidata no pandeiro, a aluna de Teatro, Manuela Cecília, conhecida artisticamente como Manú Preta, sugeriu à Proex as aulas do instrumento, para que interessados pudessem entrar no mundo da percussão. A Pró-reitoria acreditou no potencial da estudante e a convidou para ministrar o curso. Os participantes estão aprendendo os principais ritmos: o samba-choro, samba-enredo, a capoeira, a parte do alto, a embolada, o coco, o forró-baião e suas variantes. "É a partir desses ritmos, que os alunos podem desenvolver os demais", detalhou Manoela.

Com o curso, a ex-aluna de Pedagogia Ângela Lopes voltou à universidade para adquirir o conhecimento que faz diferença em seu trabalho como contadora de histórias. "Um instrumento sempre é bom para acordar os alunos. Através dele podemos chamar a atenção dos pequenos para o universo da leitura", relatou Ângela, que teve seu primeiro contato com o pandeiro esta semana.

Quem também deu as suas primeiras batidas no instrumento foi o estudante de Engenharia Civil, Kalil Galvão, que apesar de ter um pandeiro comprado pela mãe há um ano, não sabia tocá-lo. "Vi no Portal da Ufal os cursos de Verão e aproveitei a oportunidade para aprender", disse.

Iniciação ao Violão

Enquanto os pandeiros faziam barulho na Tenda da Cultura Estudantil, o som das cordas dos violões  ressoavam longe. O curso de iniciação desse instrumento tem duas turmas, cada uma com 20 alunos, e o instrutor é Alisson Freire, estudante de licenciatura em Música na Ufal.

Alisson repassa para os participantes do curso, a maioria pessoas da comunidade externa, a forma correta de leitura de partituras, a coordenação dos dedos, as cifras e o acompanhamento da música."Nosso objetivo é dar uma formação inicial do instrumento para que cada um dos participantes, possam depois procurar seu caminho musical, com aulas particulares ou fazendo cursos na área", aconselhou.

Apesar de ter violão em casa e de toda a família saber tocar, o estudante de Psiciologia, Helton Walner, tem difculdade com instrumentos de corda e isso o afastou da música. "Eu fazia o curso de Música e tocava instrumentos de sopro, entre eles a flauta, e arranhava pouca coisa no violão. A partir desse curso estou aprendendo a ler partituras e assimilando melhor as notas do violão", relatou.

Fotografia

Saindo da cena musical e entrando no universo da imagem, vários pessoas interessados na arte da fotografia se amontoavam no prédio de Comunicação Social para assistir as aulas teóricas do Curso de Fotografia. Sara Mendes, uma das monitoras, explicou que a cada dia é dado um enfoque diferente ao tema. "Começamos com abordagem histórica e do olhar fotográfico; no dia seguinte, iniciamos as aulas técnicas para aprender a manusear a câmera e, no final, vamos para a prática. Os alunos vão fazer fotos e, depois, analisaremos o resultado delas", explicou a instrutora, concluinte do curso de Comunicação. Ela está finalizando seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) na área de fotografia.

Foi a partir da necessidade de usar a fotografia para produzir trabalhos acadêmicos, que Ana Paula Nascimento, estudante do curso de especialização em Direitos Humanos, passou a se interessar pela fotografia. "Vim fazer o curso para aprimorar e aprender técnicas que auxiliem nos meus trabalhos. Quando fiz o TCC de Geografia, na graduação, precisei tirar algumas fotos para ilustrá-lo, mas não sabia como utilizar algumas funções da câmera", disse.

Amanda Miotto também faz o curso, mas seu interesse pela fotografia foi pessoal. "Queria aprender a manusear a máquina para fazer fotos do meu dia a dia com mais qualidade, por isso decidir fazer o curso", contou.