Sorriso de Plantão promove dia das crianças no HU e HGE

O objetivo é levar às crianças alegria e aliviar a tensão do ambiente hospitalar

06/10/2011 12h46 - Atualizado em 13/08/2014 às 11h08
Os doutores palhaços são muito importantes na recuperação das crianças internas no HU e no HGE

Os doutores palhaços são muito importantes na recuperação das crianças internas no HU e no HGE

No mês das comemorações infantis, o Projeto Sorriso de Plantão intensifica suas atividades e promove, neste sábado, 8 de outubro, a festa do Dia das Crianças no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes e Hospital Geral do Estado. O evento acontece das 14h às 17h.

A presença dos doutores palhaços nessas unidades de saúde não é novidade, já que há nove anos o grupo atua todos os sábados - sem exceções - no HU e há dois anos, no HGE. O Sorriso de Plantão é formado por universitários de várias instituições de ensino que, voluntariamente buscam amenizar o sofrimento das crianças internas, devolvendo seu universo infantil, por acreditar que assim é possível reduzir o tempo de internação e, principalmente, sutilizar os traumas hospitalares, através da risoterapia - método terapêutico que agrega inúmeros e variados benefícios à saúde.

Segundo Maria Rosa, a Dra. Florzinha, integrante do Projeto há 8 anos e uma das coordenadoras do mesmo, a festa contará com a presença de ex-integrantes do Sorriso de Plantão, bem como cama elástica, piscina de bolinhas, entrega de presentes e comidas – as atividades e distribuição de alimentos acontece em atenção às limitações de cada criança, respeitando o que pode ou não ser feito. “Os hospitais estarão um verdadeiro circo – tema da festa deste ano. Com muitas cores em bolas de sopro e outros adereços decorativos. Nossa intenção é tirar o branco que assusta e permitir que as crianças vivam como tais”, afirma.

Além das crianças, as atividades do Projeto se estendem aos acompanhantes, profissionais de saúde e a pacientes de outras alas dos hospitais. Bruno Farias, Dr. Super Bonder, também coordenador, ressalta a importância dessa abrangência. “Não é fácil para as mães verem seus filhos hospitalizados, algumas delas chegam a passar meses acompanhando-os e, na maior parte do tempo só mantém contato com outras mães e os profissionais que lá trabalham. É fundamental ter alguém que possa ouvi-las, confortá-las e distraí-las. Além disso, como elas próprias relatam, ver seus filhos sorrindo por meio da inserção em brincadeiras, é aconchego para os seus corações”, declara.

Nesse ritmo de alegria e descontração – com muita seriedade e compromisso no que faz, o Projeto é reconhecido em proporções nacionais. Orientado pelo Professor Doutor Cláudio Soriano, hoje atua com cerca de 60 integrantes que, preparados para realizar o trabalho, procura apresentar as melhorias que pode levar àqueles que se vêem obrigados a estar num lugar muitas vezes sombrio, lugar que ninguém gosta de estar. É por isso que, sempre que criticados pelo barulho e questionados se hospital é lugar de palhaço, seus voluntários respondem com outra pergunta “por acaso é lugar de criança?”. Concluindo, se pode ter criança, pode ter palhaço. O amor e dedicação de seus membros pelo Projeto são tão grandes e nítidos que vai ser difícil convencê-los a sair de lá, para eles, o espetáculo nunca pode parar.

O Projeto

O Sorriso de Plantão é um projeto de extensão da Universidade Federal de Alagoas que surgiu em 2002, baseado no filme Patch Adam’s: O amor é Contagioso (1998), a partir de um Trabalho de Conclusão de curso (TCC). Fundamentado na idéia de que a implantação de atividades lúdicas pode promover o sorriso e quebrar a tristeza – que é vista como doença e baixa a imunidade dos pacientes, deixando-os suscetíveis a patologias.

Inicialmente, as atividades eram realizadas apenas no HU e em algumas outras unidades quando convidado. Mas, com o crescimento contínuo e gradual, há dois anos passou a agir também no HGE.

O Projeto seleciona anualmente novos componentes. Para conquistar o título de bacharel em besteirologia pela Universidade Federal de Coité do Nóia (UFCN) - instituição fictícia -, o candidato terá que fazer uma prova subjetiva e uma entrevista.  Em sua primeira formação, apenas estudantes da aérea de saúde da UFAL faziam parte do projeto. Hoje, estudantes de qualquer área e instituição de ensino podem se candidatar a integrá-lo.