8 de junho: eleição tranquila nos campi e unidades de ensino

A quarta-feira, 8 de junho, foi de muito movimento na Ufal. No Campus A. C. Simões, três cores tomaram conta de todos os espaços. Alunos, técnicos e docentes, independente do tempo que estejam na Ufal, depositaram o voto para escolher o gestor dos próximos quatro anos.

09/06/2011 09h13 - Atualizado em 13/08/2014 às 11h07
Comissão de apuração aguardando o início do trabalho

Comissão de apuração aguardando o início do trabalho

Roberta Batista e Kleverton Almirante, estudantes de Jornalismo

O estudante de Engenharia Química, Marcus André de Aguiar, chegou há pouco tempo na Ufal. Ele está no primeiro período, mas já sabe o quanto é importante comparecer na eleição para reitor. “É uma maneira de participar da Universidade. Já posso fazer minha escolha e boa”, disse o aluno.

Diferentemente de Marcus, os estudantes de mestrado Michele Agra e Reberth Cavalcante, já passaram pelo processo de escolher um novo reitor. Eles estão há dois anos na pós-graduação e passaram cinco anos cursando Engenharia Civil na Ufal. Michele e Reberth acham que o processo eleitoral é o mesmo de quando eram graduandos, mas que a experiência ajuda na escolha. Reberth classifica a Universidade como um espaço de evolução. “Não quero uma Ufal estática. Penso em infraestrutura, em pesquisa, ensino e extensão. Espero que a extensão seja uma ação maior nos cursos, principalmente nos de humanas. Quero uma Universidade que interfira na comunidade”, declarou o mestrando.

Assim como os dois mestrandos, a professora substituta da Escola de Enfermagem, Tereza Carolina Santos, teve a oportunidade de vivenciar uma eleição em dois momentos distintos. A primeira que ela participou foi como aluna. Desde abril, ela faz parte do quadro de professores substitutos. “Quando a gente é aluno pensa só no que é bom pra gente. Agora penso no que é bom para o aluno e para o professor. Tenho uma visão mais ampla de Universidade”, disse Tereza.

Existem ainda os alunos que já estão há algum tempo na Universidade, mas que nunca tinham participado de uma eleição. A aluna de Farmácia, Jailma Letícia Marques, está cursando o quinto período do curso. Esta é a sua primeira eleição. “Espero que quem ganhar melhore a infraestrutura e, consequentemente, o ensino. Acredito que meu voto como aluna é muito importante. Conta para montar uma Universidade sempre melhor”, falou Jailma.

Este dia 8 também marcou a primeira vez que o estudante Matheus Vieira votou para reitor. Ele cursa o primeiro período de Direito e revelou esperar do candidato que vencer a resolução das deficiências da Universidade.

O eleitorado também é composto por técnicos. Muitos deles votaram nas dependências do Hospital Universitário. A médica Vera Mendonça trabalha no HU há 15 anos e marcou presença nesta eleição. Ela considera que o processo eleitoral foi tranqüilo e disse esperar que a vontade democrática prevaleça.

Outros locais que concentraram bastante servidores, técnicos e docentes, foram o Ginásio de Esportes e a sala 101 da Escola de Enfermagem e Farmácia. Adalberon Santa Cruz trabalha na Ufal há 33 anos. Ele trabalha no Departamento de Adminstração de Pessoal, e já passou por outras eleições, explicou que a prioridade sempre é de melhorar a Universidade. O professor da disciplina Saúde do Adulto e do Idoso, da Faculdade de Medicina, João Batista Neto, também já participou de outras eleições. Ele está na Ufal há 27 anos, e foi um dos servidores docentes que votou na Esenfar.

Ítalo Ranniely, estudante do curso de Educação Física Licenciatura diz que esta é a primeira eleição para reitor da qual participa. Para ele, apesar da pressa para divulgação e do pouco tempo de campanha, todos os acadêmicos exerceram o posicionamento crítico de votar pensando no futuro da Universidade. “Só espero que a Ufal se torne um canteiro de obras e que o próximo reitor estabeleça um trabalho voltado para uma verdadeira estruturação de todos os cursos”, afirma.

No auditório do Csau, a estudante do curso de Nutrição, Bruna Padilha também concorda que a eleição neste ano foi mais movimentada. Ela ingressou na Ufal no ano de 2007 e acompanhou a eleição anterior para reitor.

Apuração

As urnas do interior começaram a chegar à Sala da Secretaria dos Órgãos Colegiados, no prédio da Reitoria, por volta das 20h30 desta quarta-feira, onde ficaram guardadas em segurança até a apuração, no Ginásio de Esportes do Campus Maceió.

Foram quatro zonas eleitorais por toda a extensão da Universidade, desde a capital até o interior. As 51 urnas de lona foram distribuídas por todos os campi, sendo 17 para técnicos e docentes e 34 para estudantes.

Cerca de 29 mil eleitores, entre alunos de graduação e pós-graduação, técnicos e docentes, saberão quem será o indicado a assumir a reitoria da Ufal nesta quinta-feira. Como a votação foi em urnas tradicionais, com cédulas de papel, a contagem dos votos deve demorar pelo menos até o final da tarde. O candidato eleito assumirá o cargo para o quadriênio 2011/2015.