Breno Airan - Tribuna Independente

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que vai completar 50 anos no dia 25 de janeiro, tem como pontos relevantes nos últimos dez anos a interiorização do ensino, o apoio do Governo Federal e adesão ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Nesta sexta-feira, haverá o resultado dos 5.173 aprovados do último vestibular com o modelo do Processo Seletivo Seriado (PSS).

A Tribuna Independente conversou com a atual reitora Ana Dayse Dorea a respeito da universidade, sobre os problemas e soluções apontados em sua gestão e projetos para esse ano. Ela adiantou que no dia 25 deste mês vai haver o lançamento do selo comemorativo da Ufal e no dia 30, num domingo, às 18h, um concerto com a Orquestra de Câmara e Corufal, na praça Multieventos, na Pajuçara, em Maceió.

"Quando assumi a reitoria, estávamos passando por uma crise no sistema de ensino brasileiro com poucas verbas destinadas. Mas o governo Lula tinha um olhar diferenciado para o ensino público superior e espero que esse sistema continue com a atual presidente Dilma Rousseff”, afirma Ana Dayse. Ela enfatizou que o orçamento quase que duplicou. Em consequência, pode-se começar a construção da Residência Universitária no Campus A C. Simões, no Tabuleiro do Martins (que vai conceder 432 vagas), e levar a universidade para o interior do Estado, por exemplo.

"Hoje, a Ufal vai até os alunos do interior. Eles são mais de três mil. Muitas pessoas não teriam condições de se manterem em Maceió. Além disso, a universidade no Agreste e no Sertão mexe com toda a estrutura socioeconômica e cultural", completa a reitora Recentemente, dez alunos do interior foram para Coimbra, em Portugal, fazer Internacionalização do Ensino Superior.

Há 160 grupos de pesquisa na universidade para os 20.064 alunos que estão matriculados em 86 cursos - sete são novos: Engenharias de Petróleo e da Computação, Design e Química Tecnológica e Industrial, em Maceió; e Gestão Pública, Pedagogia e Letras (notumo), em Arapiraca

Enem

"Sou grande defensora do Enem. Os alunos vão estudar de verdade para passar e não se aterem a 'dicas de cursinhos'. Isso será um avanço", conta Ana Dayse. O Conselho Universitário (Consuni) delimitou que a partir desse ano se faça o exame para ingressar na Ufal.