Casa de Apoio do Cacon completa três anos de assistência aos pacientes do HU


14/01/2011 10h23 - Atualizado em 13/08/2014 às 11h08
Cacon funciona no Hospital Universitário

Cacon funciona no Hospital Universitário

A partir de um gesto de solidariedade e comoção, a Casa de Apoio Antônio Edson Holanda iniciou suas atividades e há três anos tem prestado assistência aos pacientes do Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) do HU.  Reconhecida como fundamental para o tratamento dos enfermos carentes vindos de outros municípios, a iniciativa tem sido mantida através de um casal de empresários que doou a casa, da colaboração do hospital e de doações, que ultimamente não tem registrado um volume expressivo.

Inaugurada em 17 de dezembro de 2007 e localizada no bairro da Serraria, a Casa abriga, em sua maioria, pessoas idosas. Contando com 12 leitos, sendo seis masculinos e seis femininos, o conforto e a boa assistência alimentar oferecidos são fatores bem elogiados pelos usuários. Apesar de alojar pacientes em tratamento, a Casa tem um aspecto totalmente desvinculado ao ambiente hospitalar. Área de lazer para televisão e espaço para leitura proporcionam aos pacientes um ar ameno e familiar, colaborando, assim, para desprendê-los da tensão gerada pelo tratamento o qual estão submetidos.

“Senti-me em casa. O local é muito bom, o pessoal é maravilhoso. Não é todo mundo que tem um coração desses pra fazer o que eles fazem. Agradeço primeiramente a Deus e depois ao hospital por colaborar com esta iniciativa, pois se não houvesse a Casa de Apoio eu não teria condições de custear meu tratamento”, afirmou o paciente oncológico Francisco Santos, 72, que é morador do interior do Estado e há três meses precisou se hospedar na casa.

Para serem abrigados, os pacientes primeiramente são encaminhados pelos médicos ao serviço de assistência social do Cacon. Posteriormente, é feito um levantamento para constatar se a pessoa não tem nenhum vínculo familiar em Maceió, além da avaliação social, que leva em conta o poder aquisitivo.

Segundo a assistente social Betânia Fernandes, tais medidas são para garantir que os pacientes que sejam dirigidos a Casa realmente não tenham condições de custear a estadia ou dispor de local para se hospedar durante o período de atendimento no hospital, que, dependendo do grau da enfermidade, pode durar dias. Caso contrário, o indicado pode estar tirando a vaga de outro paciente que necessite do local.

Doações

Apesar dos mantimentos que são disponibilizados constantemente pelo casal de empresários e da colaboração do HU, ainda se faz necessária a doação de alimentos e material de limpeza para garantir a assistência aos pacientes. De acordo com Betânia, o nível de ajuda por parte do público externo é muito baixo.  Para ajudar, basta dirigir a doação ao serviço social do hospital, que se encarregará de encaminhar os itens.

Num balanço geral, a Casa de Apoio já atendeu mais de 60 pacientes nestes três anos de funcionamento. Humanidade e zelo são as palavras que regem até hoje o serviço prestado aos que precisam desta assistência, a qual necessita que mais voluntários abracem a causa para continuar viabilizando o trabalho em prol dos enfermos do HU