Instituto de Matemática comemora quatro anos de avanço


10/05/2010 15h59 - Atualizado em 13/08/2014 às 01h46
Prof. Hilário Alencar, coordenador do CPMAT, em premiação das Olimpíadas de Matemtática

Prof. Hilário Alencar, coordenador do CPMAT, em premiação das Olimpíadas de Matemtática

Jhonathan Pino - jornalista

O ano em que tudo começou foi 2006. Com a aprovação do estatuto da Universidade Federal de Alagoas em 2003, foram implantadas as exigências para a transformação dos centros em unidades acadêmicas. Diversos cursos enviaram projetos, mas apenas 21 unidades atenderam aos critérios exigidos: ter pelo menos um curso de graduação, um de pós-graduação, um grupo de pesquisa, um programa de extensão, quadro docentes qualificados e infraestrutura adequada. Assim nasceu o Instituto de Matemática (IM).

Os professores Amauri Barros e Adiel Guerra formaram a primeira diretoria do IM em 2006. Apesar de ter nascido em 1974, o curso ainda apresentava inúmeros problemas estruturais, como a falta de recursos humanos. “Em 2006 eram apenas 21 professores e dois técnicos para cuidar de toda atividade acadêmica e administrativa do curso. Além disso, não existiam bolsistas de trabalho e apenas um monitor” relata Amauri Barros, diretor reeleito do IM.

“Tanto as linhas de pesquisa, quanto a parte física eram limitadas, e isso se refletia no baixo número de professores doutores, como também no número de alunos formados”, diz Amauri. Até o ano de 2003, o número de formandos, que não chegava a dez por ano, saltou para mais de 30.

A carência de espaço físico também deixava os professores sem gabinetes. A estrutura do Instituto se resumia a uma sala climatizada para pós-graduação, uma sala de seminários e nenhuma sala voltada para a graduação. “Se a situação não era boa para os estudantes do turno vespertino, ficava pior no caso dos alunos da noite, que tinham que estudar em outros blocos”, explica o professor.

Nova estrutura

Segundo Amauri, a situação da Unidade começou a mudar no ano de 2006, com a consolidação do Mestrado e a elevação do número de vagas de cinco para dez. No ano de 2009, o Instituto também teve o seu Doutorado aprovado, e o curso aumentou para quatro o número de linhas de pesquisa. “Em um período de quatro anos, tivemos 15 projetos de pesquisas aprovados, o que nos totalizou mais de um milhão em recursos”, enfatiza Amauri.

Nesse período, o antigo prédio do IM teve recuperado os seus laboratórios, biblioteca e salas de aula de graduação, além da criação do Centro de Pesquisa em Matemática Computacional (CPMAT), com seis gabinetes de professores e três laboratórios de informática. Ainda este ano, está prevista para agosto a criação do novo prédio do Instituto, com dez salas de aula, dois laboratórios de ensino e dez novos gabinetes para os professores.

O Instituto, que anualmente oferece 140 vagas para vestibular e atende mais 70 turmas de outras unidades, também transpôs o mundo acadêmico. “Nos anos de 2008 e 2009 capacitamos mais de cinco mil professores de 97 municípios alagoanos, e nossos alunos fizeram parte de inúmeros projetos de extensão, como cursinhos pré-vestibulares comunitários”, relata o professor.

Prestação de contas

Em apresentação panorâmica do quadriênio à reitora Ana Dayse Dorea, professores e alunos do curso, no dia 23 de abril, a reitora parabenizou a atitude de trazer à comunidade do IM essas informações e compartilhar com a administração os resultados. “Não podemos esquecer os investimentos feitos no Instituto, que fazem parte da nova política adotada pelo Governo Federal, possibilitando a reestruturação das Universidades. Isso se deve ao Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni)”, enfatizou a reitora.