Comunidade acadêmica pode fazer atividades físicas no Campus


21/05/2010 10h40 - Atualizado em 13/08/2014 às 01h49
Academia da Universidade

Academia da Universidade

Diana Monteiro - jornalista

 

Desde a segunda-feira, 17, está em pleno desenvolvimento mais uma atividade do curso de Educação Física do Campus Maceió. Trata-se do projeto “Academia da Universidade”, que tem como público-alvo a comunidade acadêmica, registrando em sua primeira fase a inscrição de 600 pessoas.

 

O coordenador do curso de Educação Física (Bacharelado) e do projeto, Amandio Geraldes, explica que, do total de inscritos, 250 foram selecionados e integrarão as ações do projeto que funciona com três programas de atividades físicas para a saúde: musculação, caminhada e ginástica. Ao se inscrever, o usuário é avaliado pela equipe que o encaminhará para a atividade adequada à sua necessidade.

 

Segundo Amandio, as aulas de musculação são realizadas das 6h às 19h, têm como local o Laboratório Neuro-muscular, e vêm funcionando com turmas de no máximo 20 pessoas. Os programas de caminhada e ginástica ainda vão ter início e também serão no mesmo horário, contemplando, dessa forma, estudantes e servidores nos três horários.

 

O projeto de pesquisa e extensão “Academia da Universidade” ainda é composto por avaliações morfológicas e funcionais e foi implantado para permitir ao usuário um programa supervisionado de atividades físicas para a saúde. “A importância da atividade para alunos e professores do curso é que ela consiste em um ambiente para a parte prática das 12 disciplinas relacionadas ao assunto, além de propiciar um espaço para pesquisa, principalmente no que se refere à aptidão física, riscos para a saúde e qualidade de vida. Ainda, vem atender a uma exigência do próprio curso Bacharelado”, explica o coordenador.

 

Extensão

 

Atualmente, o curso de Educação Física mantém em funcionamento vários projetos de extensão em parcerias, não só voltados para a comunidade acadêmica, mas também envolvendo a comunidade em geral. Entre eles, “Nadar pela Saúde”, coordenado pela professora Leonéa Santiago;Saúde em Forma” e Treinamento Resistido para Populações Especiais”, sob a coordenação do professor José Jean Toscano. O “Nadar pela Saúde” foi exibido nacionalmente em 2009 pelo programa Globo Universidade – Mérito Acadêmico, da Rede Globo de Televisão.

O projeto de extensão “Aptidão Física para saúde e qualidade de vida para idosos”, sob a coordenação do professor Amandio Geraldes,  vem sendo desenvolvido há três anos extra-muros.  O projeto é interdisciplinar e interinstitucional, conta com uma equipe de três alunos de Mestrado, 20 da graduação (Bacharelado) e três docentes.  Envolve atualmente em suas ações 300 idosos de diferentes bairros de Maceió, além de entidades e tem a parceria de mais de 15 instituições da capital.

De acordo com Amandio, o projeto “Saúde em Forma”, em parceria com o Hospital Universitário está agregado aos projetos voltados para pessoas com hipertensão e com obesidade mórbida. O de “Treinamento Resistidos para Populações Especiais”, inclui também diabéticos assistidos pelo HU. “Nestes projetos há a participação de alunos e professores e são campos de pesquisa, fortalecendo, assim, a formação acadêmica e profissional”, diz.

Complementa o coordenador que o curso vem trabalhando para reativar o Núcleo de Desporto e Lazer destinado à comunidade em geral na prática de atividades como natação, atletismo, ginástica geral, handebol, voleibol e basquetebol.

 

Ações reforçam nota 4

 

Implantado em 1974 inicialmente com Licenciatura, o Curso de Educação Física começou a ofertar o Bacharelado a partir de 2006, que funciona no horário noturno. Nesse mesmo ano, com a reforma na estrutura da Ufal, que passou a ser dotada de unidades acadêmicas, o curso até então integrado aos demais da área de saúde, agregou-se juntamente com o curso de Pedagogia, ao Centro de Educação (Cedu). Atualmente o curso de Educação Física (Licenciatura), está sob a coordenação da professora Leonéa Vitória Santiago.

 

Avaliado pelo Ministério da Educação em 2009 obtendo nota 4, o curso de Educação Física (Licenciatura e Bacharelado) conta atualmente com 550 alunos , entre diurno e noturno, tem duração de quatro anos e a maioria do corpo docente tem doutorado . Para o desenvolvimento das atividades acadêmicas e de projetos de extensão dispõe dos seguintes Laboratórios: LabNeuro (Laboratório Neuromuscular); Labcárdio (Laboratório Cárdiovascular); e LabComp (Laboratório de Composição Corporal).

 

Mesmo com saldos bastante positivos, qualificar cada dia mais o curso de Educação Física é uma luta constante da comunidade acadêmica. A partir de 2012 entrará em funcionamento o primeiro mestrado do curso que é o passo inicial para a autonomia e a possibilidade concreta de requerer para que se torne uma unidade acadêmica.

 

Para a abertura do Programa do Mestrado em Educação Física em 2012 – diz o professor Amandio Geraldes – em abril, a Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação reuniu-se com a comissão representada por 15 professores e 50 alunos do curso dos Campi Maceió e de Arapiraca.

 

A luta para dotar o curso de uma melhor infraeestrutura mobilizou recentemente alunos e docentes do curso que apresentaram à reitora Ana Dayse Dorea e ao vice-reitor Eurico Lôbo uma pauta de reivindicações, encaminhada à Superintendência de Infraeestrutura (Sinfra) pela direção para as devidas providências.

 

Durante a reunião Ana Dayse ressaltou que ainda em sua primeira gestão encaminhou ao Ministério dos Esportes um projeto orçado em R$4 milhões para investimento no curso de Educação Física, mas ainda não obteve resposta positiva. A gestão vem destinando recursos do orçamento da Ufal com esse objetivo e explicou na oportunidade que qualquer investimento a ser feito obedece a processos licitatórios do Sistema Federal de Educação.

 

Está previsto ainda este ano investimento para a infraeestrutura do curso de Educação Física, e até o mês de junho, 70% dessa pauta de reivindicações estará resolvida. "Considero a mobilização de vocês para a busca da qualidade muito importante, porque demonstra o acompanhamento da comunidade acadêmica para as demandas do curso que são muitas e nós temos consciência disso", disse a reitora.