Maceió recebe unidade móvel da SBD para detectar câncer da pele neste sábado


15/01/2010 09h35 - Atualizado em 13/08/2014 às 01h24
Unidade móvel vai atender na praia da Pajuçara

Unidade móvel vai atender na praia da Pajuçara

Tâmara Albuquerque – jornalista

 

Maceió recebe neste sábado, dia 16, uma unidade móvel da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) equipada para atender à população com suspeita de câncer da pele. O caminhão, que dispõe de dois consultórios e uma sala de espera, ficará na orla da Pajuçara, no estacionamento próximo à balança de peixes. No período das 9h às 15h, enfermeiros e médicos dermatologistas prestarão atendimento gratuito à população, com consultas e encaminhamentos para o tratamento adequado a cada caso confirmado da doença. O câncer da pele é o mais frequente no Brasil e a previsão é de que 114 mil novos casos sejam registrados este ano no país.

 

O tour de prevenção ao câncer de pele, através da unidade móvel da SBD, é um reforço às ações da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele, ocorrida no dia 05 dezembro, e funcionará em seis capitais, além de Maceió. Segundo o presidente da SBD, regional Alagoas, Dr. Everson José dos Santos Leite, a iniciativa é de grande importância e mais uma oportunidade para fazer o diagnóstico precoce das lesões cancerosas.

 

O médico esclarece que a principal causa do surgimento dos casos de câncer da pele são os raios solares ou radiação ultravioleta, e alerta que é preciso se expor corretamente ao sol, mesmo em dias nublados. Segundo ele, a despeito da realização de campanhas educativas de prevenção contra a doença em todo o território nacional, a exposição excessiva à radiação solar, a crença popular equivocada de que a pele bronzeada é saudável, as mudanças climáticas entre outros fatores, reforçam as estatísticas nada tranquilizadoras sobre a doença.

 

“O efeito do excesso de exposição à radiação solar é cumulativo. Cada vez que nos expomos ao sol de forma inadequada estamos provocando mais danos na pele. E ao contrário do que muita gente pensa, cada vez mais jovens têm sido acometidos pela doença devido ao excesso de exposição ao sol e a hábitos que não incluem a proteção". A intensidade, tempo e horário de exposição ao sol vão influenciar diretamente no desenvolvimento do câncer da pele, sobretudo naqueles indivíduos que já possuem história familiar da doença,  nas pessoas quem têm muitas pintas (sinais), quem tem a pele clara, cabelos e olhos claros; pessoas albinas e naqueles indivíduos que trabalham diretamente expostos ao sol.

 

Everson Leite explica que ao atingir a pele, os raios ultravioletas penetram profundamente e desencadeiam reações imediatas como as queimaduras, fotoalergias, bronzeamento e, mais tardiamente, envelhecimento cutâneo e alterações celulares que predispõem ao câncer da pele. A doença se manifesta de diferentes maneiras. Em geral, são feridas que não cicatrizam em quatro semanas ou pequenas lesões endurecidas, brilhantes ou avermelhadas. Em pessoas portadoras de sinais, qualquer alteração como aumento do tamanho do sinal, mudança na cor, sangramentos ou sintomas como dor e coceira podem ser indícios de câncer da pele. O diagnóstico da doença pode ser feito logo no início do tumor. O paciente deve fazer uma consulta ao dermatologista quando notar qualquer desses sinais.