Ufal participa de debate no Senado sobre parque tecnológico

Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Ufal, Josealdo Tonholo, participou de audiência em que especialistas apontaram a importância de iniciativas para articular empreendimentos empresariais e pesquisa acadêmica para a indústria do conhecimento

22/09/2009 09h04 - Atualizado em 13/08/2014 às 11h34
Collor preside audiência com Lubomir Dunim, Alceni Guerra, Maria Salete Weber e Josealdo Tonholo

Collor preside audiência com Lubomir Dunim, Alceni Guerra, Maria Salete Weber e Josealdo Tonholo

Fonte: Jornal do Senado

Os parques tecnológicos devem contribuir para consolidar a formação de uma indústria do conhecimento competitiva e forte no Brasil, disse ontem Fernando Collor (PTB-AL). O senador coordenou o painel "Novas Tecnologias Urbanas e Parques Tecnológicos" – o sexto do ciclo de debates promovido pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) para debater os principais desafios estratégicos que o Brasil deverá enfrentar até 2015.

Parques tecnológicos são empreendimentos que resultam da articulação entre pesquisa acadêmica e iniciativas empresariais. De acordo com Collor, a finalidade é prover a inteligência, a infraestrutura e os serviços necessários para o fortalecimento das empresas de tecnologia. Um dos mais conhecidos parques tecnológicos do mundo é o Vale do Silício, na Califórnia (EUA), sede de empresas como a Apple, a Intel e o Google.

– Guardadas as devidas proporções, o modelo de parques tecnológicos pode e deve representar para a indústria do conhecimento o mesmo que significou a universidade para o setor de ensino; os complexos financeiros como Wall Street para o setor financeiro; os shopping centers para o setor de comércio e a internet para as telecomunicações e os negócios – disse o senador.

O Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal de Alagoas, Josealdo Tonholo, que é diretor da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), afirmou que existem hoje no país mais de 50 parques tecnológicos, um terço dos quais em implantação, um terço em fase de projeto e um terço em pleno funcionamento. Além disso, segundo ele, há 440 incubadoras de empresas, entidades ligadas ao meio acadêmico que têm como objetivo estimular a criação de novas empresas e prepará-las para sobreviver no mercado. Segundo dados da Anprotec, hoje há perto de 6 mil empresas sendo incubadas.

Primeiro palestrante, o deputado Alceni Guerra (DEM-PR) expôs aos senadores o caso do parque tecnológico de Pato Branco, município paranaense do qual foi prefeito. Ele explicou que a implantação gradual do parque, que começou com incentivos de vários presidentes da República, passou pela universalização do ensino em tempo integral, pela expansão dos cursos técnicos e de nível superior e pela concessão de incentivos financeiros. De acordo com Alceni, hoje a cidade é um polo de indústrias eletrônicas, especialmente de software, e a mortalidade infantil caiu.

A arquiteta Maria Salette Weber, que coordena no Ministério das Cidades o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), disse que o projeto começou em 1990 e foi desenvolvido em parceria com o meio acadêmico e com a indústria de construção civil. O PBQP-H visa definir e estimular o cumprimento de normas técnicas de produção de materiais de construção. Já o especialista em urbanismo Lubomir Ficinski Dunin, que presidiu o Instituto de Planejamento e Pesquisa Urbana de Curitiba, destacou a importância do planejamento urbano – lembrando que as grandes regiões metropolitanas concentram habitantes e gastos de energia – e a necessidade de pensar soluções para questões como a dificuldade de transportes entre as cidades integrantes dessas regiões e os desequilíbrios econômicos entre elas.

Além de Collor, que preside a CI, participaram da audiência os senadores Gilberto Goellner (DEM-MT) e Eduardo Suplicy (PT-SP). 

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