O projeto é uma exposição itinerante que teve início no ano passado, na praia de Jatiúca. Na primeira edição, que acabou em janeiro deste ano, foram utilizados manequins de vitrine, nos quais vários artistas representativos da cultura popular fizeram uma intervenção, tendo como referência a cultura alagoana. As obras de arte circularam pela cidade, passando por lugares como universidades, Shopping Center e aeroporto. Desta vez, o Museu Vai à Rua terá um único artista em cada exposição, o que irá possibilitar uma maior divulgação de seus trabalhos. “Nesta segunda edição, a ideia é divulgar o trabalho de cada artista individualmente, para que as pessoas conheçam melhor suas obras. Eles serão convidados, separadamente, para expressar, através de sua arte, o Museu e a cultura popular”, explicou Leda Almeida, diretora do Museu Théo Brandão.

Salles, o artista da vez, explica que o Museu lançou o desafio de elaborar uma obra de arte para a segunda edição do projeto. “Fui inspirado pelas obras de arte do próprio Museu. Por isso, quis fazer um trabalho que tivesse relação com o primitivo, e, como o pescador é um ser primitivo, fiz as velas que simbolizam nossas jangadas”, disse.

As quinze velas de Salles foram confeccionadas em tecido; a armação, em cano PVC, e a base, feita de concreto. “O trabalho também foi executado em uma linguagem simples e primitiva”, explicou o artista.  Para a realização desta exposição, o Museu Théo Brandão tem o apoio cultural da Barraca Lopana, localizada na praia de Ponta Verde.