Movimento Ufal em Defesa da Vida realiza segundo ato

O Movimento Ufal em Defesa da Vida vai realizar debate com o tema "Violência e Segurança Pública em Alagoas: desafios e possibilidades" nesta quinta, 28, às 9h, no auditório da Reitoria. Haverá também um ato em memória das 492 pessoas assassinadas no primeiro trimestre deste ano.

22/05/2009 10h03 - Atualizado em 13/08/2014 às 00h46
Segundo Ato do Programa Ufal em Defesa da Vida

Segundo Ato do Programa Ufal em Defesa da Vida

Jacqueline Freire - jornalista

O Programa Ufal em Defesa da Vida realiza nesta quinta-feira, 28, às 9h, o segundo ato, com um ato em memória dos 492 homicídios que aconteceram no Estado de Alagoas entre os meses de janeiro e março de 2009. Serão acesas velas para representar as vítimas e inaugurado um painel, onde todos poderão acompanhar mensalmente o número de homicídios e o acumulado dos meses.

Na ocasião haverá ainda, no prédio da Reitoria no Campus A. C. Simões, uma mesa-redonda com o tema “Violência e segurança pública em Alagoas: desafios e possibilidades”. Participam da discussão, o coordenador do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Pedro Montenegro e o presidente do Conselho Estadual de Segurança Pública, Manoel Cavalcante.

O objetivo das atividades é mobilizar a sociedade contra a violência que assola o Estado de Alagoas. A primeira manifestação nesse sentido aconteceu no último dia 2 de abril, quando foi alcançada a meta de se construir um grande varal pelo campus, com 2.064 camisas, etiquetadas com os nomes e idades das 2.064 vítimas de assassinato em 2008, em Alagoas, segundo dados oficiais da Secretaria de Defesa Social.

"A Ufal não pode ficar silenciosa diante de tal realidade. Neste sentido, estamos propondo o desenvolvimento do programa Ufal em Defesa da Vida, que tem por objetivo realizar atividades culturais, científicas e artísticas trazendo a temática da violência, dos direitos humanos e da segurança pública para o universo da comunidade universitária", complementa Ruth Vasconcelos.

Ao longo de todo o ano haverá programação, sempre nas últimas quintas-feiras de cada mês, para dar visibilidade aos mortos do mês anterior. A próxima atividade deve acontecer no dia 25 de junho, mas o grupo ainda está construindo os temas a serem discutidos.

"O Estado de Alagoas chegou a patamares inadmissíveis em termos de práticas de violência que tem atingido, direta ou indiretamente, todas as classes sociais que vivem nesta terra. Entendemos que a comunidade universitária, constituída por estudantes, professores e funcionários, pode contribuir decisivamente com a produção de reflexões e ações políticas em direção às necessárias transformações que interrompam esta escalada de violência que põe em risco a vida de todas as pessoas, indistintamente", afirmam os organizadores do movimento.

Para participar do debate é necessário fazer a inscrição, preenchendo a ficha em anexo logo abaixo, que pode ser deixada na Pró-reitoria Estudantil (Proest) ou enviada por e-mail (proestpoliticaestudantil@gmail.com).

Leia a Carta Convite aos Estudantes

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