Teve início nesta terça-feira, 12 de março, e segue nos dias 20 e 27 de março, as reuniões para construção do Plano de Desenvolvimento do Centro de Educação da Universidade Federal de Alagoas (PDU/Cedu/Ufal). A discussão é feita de forma participativa, e deve resultar nos objetivos prioritários, metas e ações para os próximos quatro anos.

Segundo o professor Tiago Zurck, representante docente e membro da comissão de coordenação do PDU/Cedu, o Plano será construído tendo como principais referências os seguintes marcos legais: a Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/1996, o Estatuto e Regimento da Ufal, o Plano Nacional de Educação e o Plano de Desenvolvimento (PDI) da Ufal, que tem como princípio de gestão, a Gestão Democrática da Educação.

“Diferente da perspectiva gerencialista que apregoa um planejamento com mecanismos e instrumentos restritos ao corpo dirigente e/ou a um grupo limitado da organização a partir da lógica da eficiência, eficácia e efetividade, a concepção de gestão do tipo democrática concebe que os mecanismos e os instrumentos do planejamento devem ser ancorados na lógica da participação ampliada dos sujeitos que integram a organização educacional, da descentralização e autonomia”, explica o professor.

A ideia é que a metodologia participativa gere um maior comprometimento das pessoas no processo de discussão, elaboração e efetivação do planejamento, diferente dos planejamentos elaborados de modo restrito quando quem não integrou os mecanismos de decisão dificilmente se envolve na efetivação de algo que não participou.

O professor lembra que o Cedu tem uma tradição histórica de tomar as decisões que afetam a vida da comunidade nos espaços coletivos de participação direta e não restritos, apenas, às representações. “E não poderia ser diferente nesse momento. Nos fóruns, os participantes terão uma apresentação do diagnóstico do Cedu tendo como ponto de partida a seguinte pergunta: Qual Cedu temos? Porque é conhecendo o que somos enquanto unidade que podemos melhor projetar o que queremos nas dimensões de graduação, pós-graduação, pesquisa, extensão, gestão e política estudantil”, diz.

A partir da identificação dos problemas, o próximo passo será identificar as causas para que então a equipe possa pensar as ações que deverão atacar as causas dos problemas. “O objetivo é que os participantes pensem de forma dialogada o que queremos e como chegar ao que queremos”, completa Zurck.

Para a professora Mariana Guedes Raggi, diretora do Centro de Educação, promover o Plano de Desenvolvimento da Unidade, é fundamental quando se pensa no Cedu que existe e o que a equipe quer construir.

“Esse exercício nos convoca a planejar nossas metas, nossos objetivos, nossas ações que devemos definir e delimitar a partir de um cuidadoso diagnóstico de nosso cenário atual. Identificar nossos problemas assim como nossas potencialidades e governabilidade deve ser norteador de nosso compromisso assumido entre toda a comunidade da unidade Cedu”, lembra.

Ela destaca ainda que compreender e entender de fato a realidade faz com que o ato de planejar se coloque indispensável em uma unidade que a Educação é centralidade. “Por isso, fica aqui um compromisso assumido pelo Cedu a partir de um planejamento que projete a Educação como ato de fazer uma prática política libertária, formadora, transformadora e transgressora de uma ordem de silenciamento e sucateamento de uma universidade pública”, afirma.

Programação

O planejamento iniciou nesta terça (12) com os fóruns acadêmicos e de gestão. “A comunidade do Cedu vem fazendo a inscrição prévia dizendo em qual fórum quer participar. As atividades dos fóruns acontecem no prédio do Cedu”, explica Mariana.

Já no dia 20 de março será a vez do fórum estudantil que acontecerá no auditório da Reitoria e no dia 27, toda comunidade se reúne para o pleno do Cedu, quando participam docentes, estudantes e técnicos-administrativos. O objetivo será discutir e aprovar o Plano de Ação do PDU, resultante das discussões dos fóruns.

A professora Jeane Feliz, coordenadora da Extensão no Cedu e que irá coordenar o Fórum de extensão do PDU, lembra que para a construção de uma política de extensão que considere as demandas e prioridades do coletivo, é fundamental que todos [estudantes, técnicos e docentes] se engajem no planejamento participativo do Cedu.

“Essa é uma oportunidade ímpar para pensarmos na extensão que queremos fazer nos próximos quatro anos. Contamos com a participação de todos que fazem o Cedu”, conclui.

Mais informações no site.