Promover o desenvolvimento econômico sustentável no estado de Alagoas: esse foi o desafio que a Pró-reitoria de Gestão Institucional (Proginst) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) resolveu encarar. A oportunidade surgiu do projeto de extensão Capacitação de microempresários alagoanos com foco em editais de compras públicas a partir da relação institucional entre empreendedores, Sebrae e Ufal, que está em sua segunda fase. A atividade conta com a participação de estudantes da Administração, Economia, Contabilidade e Direito.

A iniciativa, coordenada por José Edson Lima (Proginst), Nathália Cardoso (Sebrae) e Carlos Everaldo Costa, docente da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac), foi dividida em etapas. A primeira consiste em consultorias do Sebrae para auxiliar a Proginst na implementação de benefícios para empresas locais nos editais de compras públicas. Ela é seguida pela etapa de orientação aos estudantes sobre como funciona o processo para que possam produzir material informativo voltado aos microempresários. Também será realizada uma busca ativa de empresas locais que podem ser capacitadas para participar das licitações.

A ideia do projeto surgiu, originalmente, de uma disciplina denominada Atividade Curricular de Extensão 1 (ACE1), do curso de Administração. “Tudo é resultado da real necessidade da comunidade externa. A Proginst identificou que as micro e pequenas empresas alagoanas não têm obtido muito êxito nas participações sobre as compras públicas vinculadas à Ufal”, explicou Carlos Everaldo.

“A ideia é que os estudantes busquem produzir material informativo como sites, tutoriais, que possam auxiliar as empresas no entendimento sobre o processo de licitação federal. Então haverá momentos de capacitação, de treinamento sobre o uso do sistema. Tudo isso será realizado em parceria com os cursos e com o Sebrae”, complementou José Edson Lima.

Posteriormente, os estudantes atuarão de forma mais próxima às empresas: verificando a regularidade fiscal, as condições de participação nos processos licitatórios e como elas podem se adequar aos requisitos.

Até o momento, os alunos montaram equipes mistas e dividiram as ações iniciais para construir um site na linguagem adequada ao microempreendedor, com canal de suporte e vídeos explicativos. Também haverá uma parte voltada à didática, com a aplicação de estudos de caso e casos, trazendo ações exitosas e também exemplos que não tiveram sucesso.

Os estudantes também ficarão responsáveis por lidar diretamente com os micro e pequenos empreendedores, entrevistando e buscando informações mais pontuais sobre suas reais necessidades e dificuldades para que as capacitações sejam vinculadas ao contexto deles.

“Esse processo é importante para as empresas, mas também ajuda muito na formação dos estudantes que têm interesse em atuar nesse ambiente de consultoria, de assessoria jurídica”, avaliou Lima. “A intenção é que as empresas alagoanas tenham êxito, o dinheiro circule em Alagoas, gerando renda e que a Ufal, junto ao Sebrae, consiga impactar esse segmento socioeconômico”, finalizou Carlos Everaldo.