Na manhã da última segunda-feira (11) foi realizada uma aula da saudade diferente no auditório geral do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HU), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O objetivo do encontro foi proporcionar uma retrospectiva, relembrar os momentos inesquecíveis ao longo dessas cinco décadas de formados e proporcionar o encontro com amigos, familiares, professores, comunidade do hospital e da Universidade.

Normalmente, esse tipo de confraternização simboliza a despedida de uma turma de formandos. Porém, no caso em questão, foi um momento de reencontro, onde foi celebrado o Jubileu de Ouro da Turma de Medicina de 1973. A professora Nilza Amaral, aluna da turma e uma das organizadoras do evento, destaca como surgiu a ideia da celebração. “Nós já nos reuníamos periodicamente e sabíamos que estava perto dos 50 anos, então em junho de 2023, instituímos uma comissão para celebrar essa data, com o intuito de comemorar, homenagear nossos colegas falecidos e os professores que passaram por nossa turma”.

Estiveram presentes 29 formandos da época, acompanhados dos familiares e professores. Na ocasião, foi realizado o descerramento da placa de formatura da turma Santos Dumont, após restauração, alusiva ao jubileu de ouro da turma de Medicina de 1973. Além disso, também foi realizado um momento solene com a entrega de medalhas comemorativas para os alunos e homenagens para os professores, por meio de um troféu comemorativo.

Francisco Silva de Oliveira, mais conhecido como professor François, destacou como foi ser homenageado pela turma. “É uma alegria tão grande fazer parte disso. Esse hospital começou com a gente, um grupo muito pequeno na época, e colocamos o hospital para funcionar. É maravilhoso fazer parte da formação de tantos profissionais, que hoje também são meus amigos”, reforçou.

Já o reitor honorário da Ufal, Rogério Pinheiro, que também é ex-aluno do curso, falou sobre as mudanças que ocorreram de lá até aqui. “Muitas coisas mudaram nesses 50 anos, algumas evoluíram do ponto de vista técnico, mas infelizmente a Medicina involuiu no sentindo humanista, porém não a nossa turma. Passamos a cuidar da vida utilizando as novas tecnologias, mas com respeito absoluto ao ser humano”, destacou Pinheiro.

Nostalgia e emoção marcaram solenidade

A mesa de abertura da aula da saudade contou com o superintendente do HU, professor Célio Rodrigues; a diretora da Faculdade de Medicina (Famed), Ângela Canuto; o presidente do Conselho Regional de Medicina, Benício Bulhões; a presidente do sindicato dos médicos de Alagoas, Silvia Mara; o professor José Maria Constant, representando os professores homenageados; e Nilza Amaral, representando a turma.

O superintendente do HU contou que é um prazer imenso para o hospital e para a Universidade receber essa turma que se formou no ano de inauguração do hospital.

“Vários dessa turma se tornaram professores da própria universidade, outros atuaram como médicos, sendo ícones no meio nacional e internacional. Nós participamos dessa aula da saudade e ficamos também com saudade porque muitos deles foram meus professores, vários tiveram histórias de vida nessa instituição. A gente espera que essa amizade que fez com que eles se reunissem hoje prossiga por muitos e muitos anos” celebrou.

Para a médica ginecologista obstétrica, Maria Dione de Sá Teixeira, que também se formou em 1973, é uma alegria rever os colegas reunidos. “É um prazer reencontrar tantos colegas que nunca mais tinha visto e é uma alegria comemorar os 50 anos de formada, isso é muito importante para mim chegar até aqui. Isso me faz muito feliz”, emocionou-se.

A conquista também foi celebrada pelos familiares. Nayr Aquino, tia de uma das alunas da turma de 1973, veio de Aracaju participar da solenidade. “É muita emoção estar aqui celebrando os 50 anos de formada de Nilza, são muitas lembranças maravilhosas. Ela é uma pessoa muito especial, única, que nasceu para brilhar e eu viria de onde estivesse comemorar”, enfatizou.

Além da aula da saudade realizada no HU, também foram celebrados, em comemoração à data, outros eventos, como foi o caso da missa, culto e jantar dançante. E mais: a turma também percorreu o Hospital Universitário, em um cortejo musical acompanhado do saxofone de Júnior, visitando áreas como o Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) e o banco de sangue da instituição.