Professor da Ufal lança livro sobre necropolítica e crianças negras

Obra foi organizada por Cleriston dos Anjos, do Cedu, e por professora e estudante da Unifesp
Por Ascom Ufal
27/07/2022 13h48 - Atualizado em 03/08/2022 às 17h18

A morte de crianças negras durante a pandemia de covid-19 é o que move a reflexão proposta pelo livro Necropolítica e as crianças negras: ensaios na pandemia. A obra, lançada pela editora Dandara, foi organizada pela docente Ellen de Lima Souza, a estudante do programa de pós-graduação Núbia Cristina Sulz Lyra Correa, ambas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e Cleriston Izidro dos Anjos, docente da Universidade Federal de Alagoas.

“O livro resulta de um conjunto de reflexões que ao longo de um ano levaram pesquisadoras e pesquisadores, em sua maioria negras e negros, a produzirem um debate com compromisso social e acadêmico acerca da banalização da morte de nossas crianças”, explicou Cleriston.

A obra possui 15 ensaios organizando o debate em três eixos, sendo eles: Políticas e Ausências; Às mães negras, um tributo; e Educação e as crianças negras.

“Em parceria com outros grupos de pesquisa, que têm as infâncias das crianças negras como a centralidade do debate, o livro expressa a busca por manter viva a memória de nossas crianças, simbolizadas pela arte de Breno Loeser e apoiadas pela Editora Dandara”, afirmou o professor.

A obra pode ser encontrada no site da editora

Experiência em educação infantil

Cleriston dos Anjos é professor do Centro de Educação (Cedu) e, atualmente, também está na direção da Unidade de Educação Infantil Professora Telma Vitoria da Ufal. Com experiência em pesquisas sobre educação e infância, o docente atua na graduação e nos cursos da pós, principalmente, nas áreas de Educação Infantil, Formação de Professores, Linguagens Expressivas e Culturas das Infâncias.

Ele também coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em Pedagogias e Culturas Infantis (Geppeci) e é membro colaborador do doutorado do Centro de Investigação em Estudos da Criança da Universidade do Minho, em Portugal, no grupo Contextos, quotidianos e bem-estar da criança. O pesquisador ainda integra a Frente Nordeste Criança (Representação Alagoas) e é componente da Rede Infâncias Negras.