Diana Monteiro - jornalista 

A comunidade acadêmica e administrativa do Instituto de Psicologia (IP), do Campus A. C. Simões, comemora a conclusão do prédio que abrigará até dezembro, as atividades administrativas e de pesquisas da unidade. O curso tem 21 anos de existência, atualmente ocupa dependência do Instituto de Ciências Humanas Comunicação e Artes (ICHCA) e ano passado foi transformado em instituto, um importante salto qualitativo para as ações em desenvolvimento direcionadas à formação de psicólogos com capacidade crítico reflexiva para atuarem em diferentes contextos socioculturais. 

Cerca de 400 alunos integram o Instituto de Psicologia e alguns desafios para a consolidação de suas ações são apontados pela diretora Adélia Augusta Souto e vice-diretor Rodrigo Barros Gewehr, que aproveitam para destacar o Plano de Desenvolvimento da Unidade (PDU), já aprovado, como importante suporte para a implementação e dinamização das atividades. 

Segundo Adélia e Rodrigo, a otimização do Instituto de Psicologia passa pelo fortalecimento do Programa de Pós-graduação; ampliação e qualificação dos quadros docente e administrativo; e a renovação de recursos humanos. “Além desses desafios, o IP vem trabalhando para a qualificação do curso e consequente formação profissional antenada com as demandas sociais”, diz Adélia. 

Destaque para o empenho do corpo docente para a melhoria dos índices de avaliação pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e Exame Nacional de Desempenho (Enade), sem perder de vista a garantia da articulação entre graduação, pós-graduação, pesquisa e extensão e a promoção da melhoria dos padrões sociais e ambientais a partir do desenvolvimento científico. 

O primeiro passo para a otimização acadêmica foi dado em 2006, a partir da reformulação do projeto pedagógico quando o curso passou a ter como ênfase a Psicologia e Saúde e Psicologia e Processos Psicossociais, sintonizadas com a implantação do Programa de Pós-Graduação em 2011. O Mestrado em Psicologia é ofertado em três linhas de pesquisa: Processos Psicossociais; Saúde, Clínica e Práticas Psicológicas; e Processos Cognitivos e Medidas Psicológicas e vem reforçar uma das missões do IP que é promover o desenvolvimento dos conhecimentos psicológicos por meio do ensino, da pesquisa e da extensão. 

Formação generalista 

A implantação dos seis eixos estruturantes do novo Projeto Pedagógico do curso oportunizou a criação de grupos de pesquisa junto ao CNPq na área de concentração Psicologia, tornando o Instituto referência em estúdios científicos em diferentes abordagens e temáticas relacionadas. 

Na evolução do curso vale destacar a criação de programas como o PET (Programa de Educação Tutorial); PET - Saúde (Programa de Educação para o Trabalho); e Pró-Saúde que também têm otimizado as ações do IP para a proposta de formação de recursos humanos definida, ou seja: formação generalista, científica, crítica e reflexiva, interdisciplinar, pluralista, autônoma e político-social. O Programa de Monitoria, também disponibilizado em 14 disciplinas, tem despertado o interesse do aluno e se consolida com um passo importante para a carreira docente. 

Extensão: política de saúde e processo sociocultural 

Agregar a teoria vista em sala de aula à prática tem feito com que o IP desempenhe importante papel na sociedade pelas atividades de extensão. Um destaque para o Serviço de Psicologia Aplicada à disposição da comunidade interna e externa. “O setor está em fase de reformulação para o dinamismo de suas atividades como espaço de atendimento e campo de estágio dos alunos do curso”, frisa Adélia Souto. 

Implantado em 2008, o Serviço funciona os dois horários no prédio do Ichca e atualmente conta com uma equipe de 10 alunos. Segundo Adélia a meta do IP é ampliar o número de técnicos - administrativos e de psicólogos visando atender à crescente demanda. O acesso ao serviço é feito por meio de agendamento e triagem que dispõe do telefone 3214 -1349. 

São também espaço de aprendizado dos alunos do curso de Psicologia o Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI), no Campus A. C. Simões; a comunidade da Grota do Rafael; a Vila dos Pescadores; e o 4º Juizado da Capital, criado para atendimento a casos de violência contra a mulher. “As ações de extensão estão vinculadas e conectadas não só com as disciplinas do curso e as pesquisas em desenvolvimento, mas também com a demanda da sociedade que continua carente de intervenção e de políticas públicas”, dizem Adélia Souto e Rodrigo Gewehr, conscientes da importante contribuição da academia para a promoção da saúde e qualidade de vida da comunidade alagoana.