Pins orienta novos servidores da universidade

Programa insere os trabalhadores da Ufal na realidade da instituição

08/02/2013 12h20 - Atualizado em 11/08/2014 às 10h46
Novos servidores participam do Pins, programa promovido pela Progep

Novos servidores participam do Pins, programa promovido pela Progep

Myllena Diniz, Carolina Lira e Deriky Pereira - estudantes de Jornalismo

Entre os dias 6 e 7 de fevereiro, a Pró-reitoria de Gestão de Pessoas e do Trabalho (Progep) realizou mais uma edição do Programa de Inserção do Novo Servidor (Pins). Os dois dias de atividades contemplaram mais de cem servidores que ingressaram na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), no período de maio de 2012 a janeiro deste ano. Estiveram reunidos no auditório do antigo Csau, no Campus A. C. Simões, em Maceió, profissionais das mais diversas áreas e com lotação na capital e no interior do Estado.

A abertura do Pins contou com a presença de membros da gestão da universidade. A vice-reitora Rachel Rocha e a pró-reitora da Progep, Silvia Cardeal, falaram da importância de os novos servidores entenderem o funcionamento, os programas e os serviços ofertados pela Ufal e o compromisso social de cada funcionário público perante à sociedade alagoana.

Para Silvia Cardeal, além de ser um momento de integração entre os novos servidores, o programa também pretende mostrar ao público as diretrizes da instituição. “Nossa meta é socializar informações institucionais, nivelar os servidores e moldá-los à identidade institucional. Isso é importante porque a universidade possui mais três mil servidores, que têm como objetivo contribuir com o desenvolvimento socioeconômico da sociedade alagoana”, esclareceu.

Durante os dois dias foram apresentados os dados gerais da Ufal. A vice-reitora exibiu o quadro com mais de 1.500 professores e mais de 1.600 técnico-administrativos. No meio estudantil, a instituição atende a mais de 25 mil alunos matriculados na graduação. Segundo Rachel, o ensino superior passa por novo momento. O tripé “pesquisa, ensino e extensão” ganha um pilar importante para o desenvolvimento da educação em todo o Brasil: a internacionalização. “A Ufal tem ampliado as ofertas de ensino de língua estrangeira, para que nossos alunos acompanhem as ofertas de intercâmbio estudantil. Em 2012, tivemos 130 alunos contemplados em programas de internacionalização”, revelou.

A vice-reitora também apontou as metas da instituição para os próximos anos. “Nós temos como objetivo a expansão da universidade, com a criação do Campus Litoral e a consolidação dos campi do Sertão e Arapiraca. Além disso, é importante o desenvolvimento de projetos estratégicos para o Campus A. C. Simões, em Maceió, como é o caso da implantação da subestação de energia elétrica. Nossa intenção é trabalhar de forma integrada e multidisciplinar, que é um desafio. Precisamos atuar com qualidade, com visão sistêmica e de modo que exista uma relação com a cultura local”, destacou.

Atuação no Estado de Alagoas

Com o intuito de inserir os profissionais no cenário alagoano, os professores Cícero Péricles, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (Feac), e Bruno César Cavalcanti, do Instituto de Ciências Sociais (ICS), apresentaram o contexto socioeconômico e cultural de Alagoas, respectivamente.

Cícero Péricles explicou a estrutura da economia alagoana desde o modelo colonial até os dias de hoje. O professor mostrou como o histórico de escravidão, latifúndio, monocultura e exportação sem mercado interno interferem na dinâmica local. Além disso, o professor também apresentou dados que refletem a dura realidade do Estado de Alagoas. “Proporcionalmente, Alagoas é o Estado com maior número de conflitos agrários. No que se refere ao PIB [Produto Interno Bruto] per capita, somos o terceiro estado mais pobre, estando 20% abaixo da média nordestina e perdendo apenas para o Maranhão e para o Piauí“, ressaltou.

Os índices reforçam a necessidade de investimentos em educação e na atuação da universidade nos diversos setores do território alagoano. No âmbito cultural, a realidade não é diferente. Segundo Bruno César Cavalcanti, a responsabilidade social da academia é fundamental. “Padecemos de um inchaço populacional, tivemos uma urbanização tardia e, agora, traumática”, destacou.

Pró-reitorias e suas atuações

Os novos servidores da universidade também assistiram à apresentação das funções realizadas pelas Pró-reitorias de Extensão (Proex), de Pesquisa e Pós-Graduação (Propep), de Graduação (Prograd), de Gestão Institucional (Proginst) e da Pró-reitoria Estudantil (Proest).

O pró-reitor de Extensão, Eduardo Lyra, fez um panorama geral sobre o quadro extensionista da universidade e destacou a importância dessa apresentação. “A extensão é uma das formas que completam os objetivos da instituição, ao lado do ensino e da pesquisa, e o nosso maior desafio é fazer uma extensão comprometida com a formação acadêmica, sem fragmentações e com o desejo de possibilitar a transformação da sociedade”, ressaltou.

Já a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação, Simoni Meneghetti, salientou o aumento no número de cursos stricto sensu da universidade. “A nossa expansão é recente. Hoje, a Ufal tem uma oferta bastante significativa, com 35 cursos de pós-graduação e grande número dos estudantes desses programas são oriundos de programas de iniciação científica da própria universidade”, declarou.

Servidores falam sobre o encontro

Compreender a dinâmica da universidade e se integrar na vida acadêmica é o objetivo de muitos dos novos servidores. Na opinião de Japson Gonçalves, a realização desse encontro é fundamental para quem está dando um passo inicial na carreira. “Acho essencial, para quem está chegando, se integrar nos funcionamentos dos diversos setores, pois espero contribuir muito com a Ufal”, disse ele, que assumiu o cargo de docente da Unidade de Palmeira dos Índios, ligada ao Campus Arapiraca.

Camila Valentino é fruto da primeira turma de Administração do Campus Arapiraca. Agora, ela retorna à universidade em cargo referente a sua área de formação. “É um prazer voltar a fazer parte da Ufal e começar as atividades tendo uma dimensão de como a universidade se insere no Estado”, salientou a administradora. O professor Olagide Wagner, do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), reforçou que toda orientação é válida. “Conhecer os setores da universidade é essencial para sabermos como proceder diante das necessidades, ainda mais por estarmos falando de um local amplo como a Ufal”, salientou.

Programação variada

As atividades do Pins continuaram durante os dois dias com programação diversificada. Na quinta-feira (7), os servidores foram apresentados ao Sistema Integral de Atenção à Saúde do Servidor Público Federal (Siass), ao Departamento de Administração de Pessoal (DAP) e ao Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT).

A Comissão de Ética Institucional também foi apresentada aos novos servidores, por meio de palestra da professora Marília Goulart. A programação também englobou explanações sobre as entidades sindicais, a Comissão Interna de Supervisão de Carreira (CIS) e a progressão funcional.