O Laboratório de Eletroquímica e Estresse Oxidativo (Leeo - IQB) da Ufal foi escolhido para participar do Programa Aristides Pacheco Leão de Estímulo a Vocações Científicas, promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) em parceria com a Academia Brasileira de Ciência (ABC). A Ufal abre as portas por meio da professora Marília Goulart, membro titular da ABC e habilitada para receber uma estudante selecionada no edital desse ano.  

Sarah Helena Cristina da Silva Martins cursa o 9º período de Fisioterapia na Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Estadual de São Paulo (FCT/Unesp) e foi aprovada para fazer o estágio no laboratório da Ufal onde vai desenvolver uma parte prática da pesquisa. Ela já iniciou as atividades que seguem até o mês de março sob orientação conjunta com a professora Jadriane Xavier.   

“Escolhi o laboratório da Ufal pois tinha muito interesse em conhecer universidades públicas do Nordeste e trabalhar com mulheres da ciência, além do tema ser extremamente interessante e muito relevante para pesquisa brasileira”, ressaltou Sarah. O trabalho dela vai analisar o “potencial antiglicante de resíduos da fruticultura nordestina via inibição de enzimas selecionadas e análise da glicação da hemoglobina”, onde vai focar no extrato da jabuticaba. 

A professora Jadriane explica que o trabalho submetido ao edital da Fapesp cumpre um cronograma e que Sarah está recebendo treinamentos para logo em seguida iniciar os experimentos previstos. “A experiência de Sarah no laboratório da professora Marília não apenas contribuirá para o projeto em andamento, mas também promoverá a formação de uma nova geração de pesquisadores”, destacou. 

Mulheres na pesquisa 

Sarah Martins é aluna de Permanência Estudantil, residente da Moradia Estudantil da Unesp e vive intensamente as oportunidades acadêmicas. Ela chegou à Ufal motivada pela orientadora Ercy Mara Cipulo Ramos e com algumas inspirações. “Escolhi o laboratório da professora Marília para que eu tivesse a oportunidade de trabalhar pelo menos um pouco com uma professora tão renomada, que pertence à ABC. E também o estado de Alagoas me cativou bastante, com as belas praias de Maceió e toda a história que pertence, como Zumbi dos Palmares”, contou. 

Além de Sarah, outros alunos estão envolvidos na pesquisa do Leeo: a mestranda da Pós-graduação em Química e Biotecnologia (PPGQB) Taualia Achira Aly, a doutoranda Renorbio Tauane dos Santos Rocha e o mestrando do PPGQB José Walber de Araújo Cerqueira da Silva. 

“Está sendo muito gratificante participar deste projeto, aprender sobre uma área que eu não tinha contato e conhecer diferentes culturas e costumes. Espero que depois desse período eu adquira maturidade acadêmica e profissional, muito conhecimento e amigos na Ufal”, comentou Sarah. 

A professora Marília Goulart reforçou a satisfação em abrir as portas da Ufal para um programa tão bem avaliado, no qual apenas membros titulares da ABC podem oferecer seus laboratórios e receber estudantes de outros estados.   

“Isto é uma oportunidade única para trocar experiências, mostrar nosso trabalho e verificar que em Alagoas se fazem pesquisas tão relevantes quanto nas classificadas melhores universidades brasileiras. Então, isso é muito importante para nós e para Ufal”, concluiu.