Estudantes da Ufal estão na disputa do Concurso de Audiovisual da Andifes

Vídeos com mais visualizações entram para a próxima etapa da seleção
Por Jacqueline Freire – jornalista
18/02/2022 08h53 - Atualizado em 18/02/2022 às 13h15

Concorrendo ao prêmio de Audiovisual da Associação Nacional das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Anizia Lino de Messias, Manoel Lino de Messias, Everlane Moraes e Renan Souza estão na disputa do concurso. Agora, eles precisam que seus vídeos sejam visualizados porque os mais vistos seguem para a próxima etapa da seleção. Este ano, o tema do concurso é Universidade: Conhecimento e Cidadania.

A ideia desta 3ª edição é incentivar a produção de conteúdos audiovisuais, que tenham como cerne narrativo o fortalecimento das universidades federais por meio de perspectivas diferentes e criativas. O vídeo Entre a Cruz e a Máscara, de Anizia Lino, mestranda em Filosofia, e seu irmão Manoel Lino de Messias, graduando de Teatro, aborda, entre outros temas, pandemia, luto, ciência e negacionismo.

Para passar à etapa seguinte, a produção dos estudantes da Ufal precisa estar entre as dez mais visualizadas. São 45 vídeos participantes e o prêmio para os três melhores colocados varia entre R$ 1.000,00 e R$ 3.000,00. A visualização dos vídeos segue até o dia 26 de fevereiro, quando a Andifes avaliará os candidatos e divulgará os premiados no dia 16 de março.

“Este vídeo se fez acontecer com a tentativa de nos relembrar que a ciência, o SUS e os espaços que formam nossos profissionais, que para eles são o pontapé de suas carreiras, foram nossas armas, nossas bases e nossa bandeira”, explicou Manoel Lino, diretor e roteirista do vídeo.

Ele completa: “De um lado as mortes, do outro os sacrifícios. No caos das ruas e no desespero do excesso de informações, notícias, verdades e mentiras, floresce o depoimento de uma enfermeira do Hospital Universitário da Ufal [Luzia Cristina Cavalcante Ferro] sobre seus sentimentos e deveres de nunca fugir à luta, mesmo diante deste "leviatã" que se apresenta, deste genocídio em massa”, revelou o estudante.

Segundo Manoel, a ideia foi homenagear os profissionais de saúde. “Nesta luta pela humanidade por um futuro que exista, fizemos esta homenagem de apenas um minuto aos profissionais de saúde de todas as redes - universitárias, públicas, privadas - de todo o Brasil, aos cientistas, técnicos e demais, todos ligados e empenhados em vencer esta guerra que mata de doença, corrupção e desonestidade”, afirmou.

Ano passado, Anízia participou do concurso com um colega de curso, mas, desta vez, aproveitou que o irmão ingressou no curso de teatro para fazer o roteiro e a direção do vídeo. “O roteiro e a direção tiveram uma criação elaborada de modo mais complexo e conceitual, politizado”, disse.

Ela conta, ainda, que outro diferencial em sua participação este ano é a qualidade das edições e das filmagens. “Recentemente tenho feito algumas produções audiovisuais também para a equipe de atletismo da Ufal, da qual também sou atleta e integrante”, finalizou.

Outra dupla concorrente

Também está concorrendo ao certame outra dupla, formada por Everlane Moraes, do curso de licenciatura em Dança, e Renan Souza, da licenciatura em Letras. Segundo Everlane, o trabalho produzido [clique aqui e curta o vídeo] por ela e Renan deixa claro a importância das políticas públicas nas universidades federais. “A Universidade Federal de Alagoas é uma das universidades mais importantes do Brasil e tem no acolher e no abraçar as políticas públicas, principalmente das cotas raciais, uma das nossas maiores conquistas, algo que tem que ser cada vez mais defendido pela população”, disse.

Pelas portas abertas da Universidade Federal de Alagoas a população negra consegue entrar na Ufal e assim ter direito ao conhecimento para exercer sua cidadania”, afirmou a estudante, destacando que as políticas públicas auxiliam na sua permanência na Universidade, sendo uma mulher negra, mãe solo, artista e ativista: “É claro que as assistências da Universidade permitem a minha permanência na instituição, para driblar as estatísticas. Sempre foram dados deveres e não direitos ao povo negro. As políticas públicas foram pensadas para as minorias, mas só isso não basta”.

Queremos deixar claro o quão é importante a Universidade Federal de Alagoas para a população. A possibilidade de entrar numa universidade, ter acesso ao conhecimento, exercer a cidadania, utilizar as políticas, nos tornarmos pensadores das políticas públicas é um direito nosso e a Universidade abre as portas para que nossos direitos, nossos deveres sejam exercidos”, completou.

Clique aqui e curta os vídeos de Anízia e Manoel Lino

Clique aqui e curta o vídeo de Everlane Moraes