Comissões auxiliam Ufal em processos de licitação mais efetivos

Subgrupos de áreas específicas têm participação das unidades acadêmicas e educacionais de todos os campi
Por Manuella Soares - jornalista
13/07/2020 16h24 - Atualizado em 15/07/2020 às 22h04

Pesquisar preço e qualidade de um produto é um hábito para quem quer fazer uma compra com o melhor custo-benefício. A Pró-reitoria de Gestão Institucional da Ufal (Proginst) está dando mais atenção ao dinheiro público investido na Universidade e quer garantir que os valores sejam gastos da melhor forma. Como toda aquisição passa por licitação, foi institucionalizada a criação das Comissões Permanentes de Materiais e Equipamentos por meio da Portaria nº 62/2020.

A Gestão Central nomeou 97 membros indicados pelas direções dos campi, unidades acadêmicas e administrativas para atuarem por até quatro anos nas comissões de Mobiliário, Laboratórios, Eletroeletrônicos, Bens culturais e Tecnologia da informação.

A ideia surgiu na Coordenadoria de Administração Suprimentos e Serviços (Cass) e passou por discussão interna na Proginst com a Coordenadoria de Planejamento, Avaliação e Informação (Cpai). Segundo o coordenador da Cass, Edson Lima, a minuta que rege as comissões permanentes foi amplamente debatida com as direções das unidades acadêmicas e educacionais, além de técnicos de laboratório, junto ao reitor Josealdo Tonholo.

“[As comissões] atuarão na otimização do catálogo de materiais da Universidade, corrigindo descrições, padronizando itens e tornando a disposição deles mais agradável aos solicitantes através da disponibilização de imagens dos produtos. Esse trabalho de correção e aperfeiçoamento de materiais terá como resultado a aquisição de itens de melhor qualidade, mais bem especificados”, explicou Lima.

Para ter mais precisão nos itens que ficarão disponíveis nas Atas de Registro de Preços da Ufal, a Comissão de Laboratórios foi dividida em nove subcomissões: Reagentes químicos, solventes e meios de cultura; Vidrarias e plásticos; Acessórios; Equipamentos; EPIs; Fármacos; Materiais hospitalares; Gases; e Materiais agrários. Com essas especificidades, os responsáveis pelas comissões farão a pesquisa de preços dos itens priorizados pelas unidades utilizando o recém-adquirido software Banco de Preços.

“Essa atribuição também fará com que os valores definidos para cada item a ser licitado sejam mais precisos, uma vez que a pesquisa passa a ser feita por pessoas que detêm apurado conhecimento dos materiais. Isso evita a perda de itens por valores subestimados na licitação ou prejuízo para a Universidade por valores superestimados”, reiterou Lima sobre a estratégia pensada para compras mais eficientes.

Com a definição das Comissões de Materiais Permanentes as sessões públicas dos pregões também passam a contar com o auxílio na análise das propostas enviadas pelos fornecedores. Lima reforça que, com esse suporte, os pregoeiros da Ufal saberão julgar melhor e garantir que “os produtos tenham a qualidade e o valor corretos, definidos durante a fase interna de descrição e pesquisa de preços”.

Todas as comissões já estão atuando e conseguiram cotar mais de três mil itens de várias áreas do conhecimento. Segundo o coordenador da Cass, a previsão é que ainda neste mês todos os ajustes serão feitos para compor os processos de licitação da Universidade e, então, dar o próximo passo. “A expectativa é que no mês de outubro a Ufal disponha de um considerável número de Atas de Registro de Preços com itens de excelente qualidade prontos para serem empenhados e adquiridos, de modo a atender a todas as unidades acadêmicas, campi e órgãos de apoio”, concluiu Lima.