Debate sobre energia nuclear no Brasil desperta interesse em estudantes

Assuntos como custo da energia, resíduos e inovação foram discutidos
Por Bárbara Isis, estudante de Jornalismo
28/07/2018 17h45 - Atualizado em 28/07/2018 às 17h45
Othon Pinheiro: energia nuclear é mais barata que as térmicas, à gás e à óleo

Othon Pinheiro: energia nuclear é mais barata que as térmicas, à gás e à óleo

A conferência sobre os desdobramentos da energia nuclear no Brasil, ministrada pelo engenheiro Othon Pinheiro, foi realizada na última sexta (27), e contou como apresentador da mesa, o ex-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e atual diretor do Museu da Amazônia (Musa), Ennio Candotti.

O conferencista contou que a energia nuclear foi introduzida no Brasil com o investimento na tecnologia militar, que por sua vez começou com a marinha, através da expansão da tecnologia durante a Guerra Fria. Além disso, foi discutida a viabilidade do uso desse tipo de energia no Brasil. Ele comentou ainda sobre a soberania na pesquisa, citando exemplos de outros países como China e Estados Unidos, que são potências nucleares, e que isso se torna uma demonstração de força econômica e militar.

Othon Pinheiro explicou que a energia nuclear é mais barata que as térmicas, à gás e à óleo. “Energia não tem como dizer que uma é melhor do que a outra, mas como a gente combina as energias é que é o diferencial. O preço médio da nuclear é mais barato, mas ela não é a mais barata”.

Vitor Medeiros, estudante de Psicologia do Centro Universitário Cesmac, falou um pouco sobre o que achou da conferência. “Eu estou saindo daqui com uma bagagem sobre energia nuclear muito grande. Ele falou que o Brasil tem a segunda maior reserva de energia, e isso me chamou muita a atenção, porque o Brasil não é tão explorado, teoricamente, e ele mostrou muitos gráficos do Brasil e vi que o Brasil tem potencial para crescer cada vez mais em energia nuclear”.  

A turma permaneceu com olhos atentos e que não se importavam com o tempo extrapolado. A verdadeira motivação do momento era de que novas diretrizes devem ser levadas a sério e desenvolvidas nos próximos anos, pois se trata da evolução dos processos energéticos no país.