Jhonathan Pino - jornalista

Nesta quarta-feira, 5, será encerrado o processo seletivo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para aqueles alunos que não puderam fazer a prova nos dias 3 e 4 de novembro, inclusive detentos e jovens que cumprem medidas socioeducativas.

Em todo o país, 23.665 candidatos estão concorrendo e 150 deles fizeram as provas no Complexo Penitenciário de Maceió e no Presídio Desembargador Luís Oliveira Sousa, em Arapiraca. No total, dez instituições no Estado, entre eles o Centro de Ressocialização do Menor (CRM).

As provas seguiram o mesmo modelo da aplicada em novembro. No primeiro dia (ontem, 4) os candidatos responderam 45 questões de Ciências Humanas e 45 de Ciências da Natureza em 4 horas e meia de prova. Hoje, 5, foram 45 questões de Linguagens e Códigos e mais 45 questões de Matemática, além da redação, com 5 horas e meia de duração.

Em relação ao ano anterior, o número de candidatos em situação de ressocialização cresceu cerca de 60% no país. Em 2011 o número não chegava a 15 mil. Uma das principais motivações dos presos que prestam o Enem é a possibilidade de obtenção do certificado de conclusão do ensino médio. A partir da obtenção das notas é possível participar do Programa Universidade para Todos (ProUni), ou do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Conforme Rosário Marques, coordenadora do Enem em Alagoas, a aprovação do candidato no processo não garante o direito do detento cursar a faculdade. “Caberá à Justiça decidir pela situação dele”, ressaltou. Os resultados finais, que estarão disponíveis no próximo 28 de dezembro, serão acessados pelos responsáveis pedagógicos de cada unidade penitenciária.